Apesar das altas nos preços do suíno vivo em novembro – influenciadas pelo ligeiro aquecimento na demanda na maior parte das praças acompanhadas pelo Cepea –, o poder de compra do suinocultor paulista frente ao milho e ao farelo de soja recuou de outubro para novembro, devido às valorizações destes importantes insumos da atividade.
Em novembro, o suíno vivo foi negociado à média de R$ 7,20/kg na região SP-5 (Bragança
Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), leve alta de 0,3% em relação à de outubro e 2,8% acima da de novembro de 2021, em termos nominais. No Oeste Catarinense, o animal foi comercializado a R$ 6,79/kg, em média, avanços de 0,6% frente ao mês anterior e de 4,9% na comparação com novembro de 2021.
No mercado de milho, segundo a Equipe Grãos/Cepea, agricultores priorizaram as vendas ao mercado externo e limitaram a disponibilidade do cereal no spot nacional, atentos às valorizações nos portos e à espera de novas altas nos preços. Esse cenário, somado à maior presença de compradores no mercado, impulsionaram os valores do milho no mês.
Diante disso, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) do cereal registrou média de R$ 84,99/saca de 60kg em novembro, avanço de 0,6% frente à de outubro e ainda 0,9% superior à de novembro/21, em termos nominais. No mercado de lotes da região de Chapecó (SC), o cereal foi comercializado à média de R$ 92,27/saca de 60kg em novembro, praticamente estável em relação a outubro (-0,03%), mas 4,4% acima da média registrada há um ano.
Quanto ao farelo de soja, ainda conforme a Equipe Grãos/Cepea, a comercialização do derivado da oleaginosa esteve aquecida no mercado brasileiro, resultado da boa demanda – sobretudo externa – e da maior necessidade de venda por parte do sojicultor.
Com isso, o derivado foi negociado em Campinas (SP) à média de R$ 2.787,06/t em novembro, elevações de 1,8% na comparação mensal e de expressivos 19,2% na anual, em termos nominais. Em Chapecó, o farelo teve média de R$ 2.678,15/t no mesmo período, recuo de 0,8% em relação a outubro, porém, significativos 24,4% acima do registrado em novembro do ano passado.
Assim, levando-se em consideração o suíno vivo comercializado na região SP-5 e os insumos negociados no mercado de lotes da região de Campinas, o suinocultor pôde comprar 5,08 quilos de milho com a venda de um quilo de suíno em novembro, quantidade 0,2% menor que a de outubro, mas ainda 1,7% acima da do mesmo mês de 2021. De farelo de soja, o suinocultor adquiriu 2,58 quilos, recuo mensal de 1,4% e anual de 13,7%.
Já em Chapecó, o suinocultor conseguiu adquirir 4,41 quilos de milho com a venda de um quilo de animal, 0,7% acima da quantidade de outubro e 0,4% a mais que em novembro/21.
De farelo de soja, o suinocultor do oeste catarinense adquiriu 2,54 quilos em novembro, volume 1,4% acima do de outubro, mas 15,7% inferior ao de novembro/21.