As mulheres ocupam a cada dia um protagonismo nas mais diversas atividades econômicas. A participação delas nos negócios e na renda das famílias é cada vez mais expressiva. No agronegócio, isto não é diferente. Só para se ter uma ideia, nos últimos 15 anos um número próximo a um milhão de mulheres ingressaram nos mais diferentes empreendimentos rurais, conforme recentes dados do IBGE.
É este o protagonismo silencioso de mulheres anônimas no campo que o Prêmio Quem é Quem valoriza em sua categoria “Mulheres Cooperadas” desde 2018. São elas as responsáveis por parte do árduo trabalho nas propriedades e na coordenação dele nas lavouras e criações, acumulando ainda os afazeres da casa e a atenção à família. As mulheres empreendedoras rurais conseguem ainda se desdobrar, participando de atividades sociais em prol da comunidade e ocupando o papel de lideranças em comitês internos em várias áreas, como no caso das cooperativas.
Esse é um papel a ser ressaltado neste dia, que celebra o avanço dos direitos das mulheres e o esforço de muitas delas para se atingir o atual estágio. Histórias que demonstram esta garra e determinação podem ser vistas nas finalistas da categoria Mulheres Cooperadas do Prêmio Quem é Quem. Esta é a terceira edição da premiação com esta categoria, dentro de uma estratégia de humanizar e horizontalizar o prêmio, permitindo o reconhecimento a todos que formam o corpo do cooperativismo, onde as mulheres têm um protagonismo crescente e importante, mas também técnicos, produtores, gerentes e outros profissionais.
Nesta estrutura produtiva no campo, elas não só desenvolvem um trabalho de qualidade em suas propriedades, mas o fazem carregado de ternura. São histórias que unem dor, superação, momentos de dificuldades e de alegrias. Trajetórias unidas pelo sonho de uma vida melhor, não só para a família, mas toda a comunidade.
EXEMPLOS DE VIDA
É o caso da gaúcha Celsi Sandmann. Nascida em uma família de produtores rurais, auxiliava os pais desde pequenina na lavoura de grãos e nas criações de gado leiteiro e suínos. Percorria grandes distâncias a pé para estudar, almejando um dia se tornar professora. Foi catequista na juventude e casou-se aos 19 anos. Em 1982, se tornou cooperada da Lar e, nos anos 1990, voltou a estudar, concluindo o ensino médio. Passa a integrar comitês femininos internos da Lar, além de frequentar cursos técnicos. Durante a sua jornada como mãe de três filhos, agropecuarista, passou a frequentar grupos de mulheres empreendedoras, estando à frente das principais mudanças ocorridas no sistema agropecuário familiar.
Dirce Arenhart Zanatta é outro exemplo de conhecimento, fibra e coragem. Cooperada da Coopavel há dez anos, dedica-se de corpo e alma na obtenção de resultados em sua propriedade com 4.100 suínos em terminação, trabalhando apenas com um funcionário para auxilia-la em toda a rotina da granja. Casada, mãe de uma filha, carrega consigo uma forte preocupação ambiental, tanto que investiu em sistemas de tratamento de dejetos para a geração de energia limpa, melhorando uma série de quesitos relacionados ao meio ambiente e destinando corretamente todos os efluentes de sua produção.
Já a produtora Deborah de Geus é médica veterinária, com forte atuação na gestão de pessoas e assistência técnica. Sucessora em uma tradicional família de produtores rurais, é uma ativa participante de Conselhos de Classe, atuando de forma a trazer os anseios dos produtores para a cooperativa, contribuindo assim para desenvolver os negócios de vários cooperados. Com 15 anos de atuação no setor de suínos e aves, há cinco anos é cooperada da Frísia. Reage com clareza aos desafios enfrentados no dia a dia de produção, se solidarizando com a comunidade em busca de soluções que melhorem a qualidade de vida dos produtores rurais. É membro do Comitê Técnico da Federação de Agricultura do Estado do Paraná (Faep), abrindo sempre a sua granja para a realização de estágios e testes acadêmicos de universidades.
PRÊMIO QUEM É QUEM
O cooperativismo agropecuário brasileiro é um modelo admirado no mundo inteiro. Apoiando o desenvolvimento econômico e social, principalmente das pequenas propriedades rurais, o cooperativismo no campo possui grande relevância para a economia do País. É exatamente esse importante e grandioso papel que a Gessulli Agribusiness quer ressaltar e valorizar com a realização do Prêmio Quem é Quem, que tem o patrocínio da empresa De Heus e a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) com entidade patronal. Neste ano, a coordenação dos trabalhos, avaliações e ranking das cooperativas participantes estará a cargo do Nupea/Esalq-USP, por intermédio do professor Iran José Oliveira da Silva, coordenador do Nupea.
Acesse a página de votação do prêmio das Maiores e Melhores Cooperativas Brasileiras de Aves e Suínos, o Quem é Quem, e conheça as outras finalistas. Aproveite e vote nas outras categorias também.