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Biogas

Aterro sanitário: Cascavel quer ampliar geração de energia por biogás

O grande diferencial do aterro é a usina de produção de energia, gerada através do biogás, produzido pela decomposição dos resíduos.

Aterro sanitário: Cascavel quer ampliar geração de energia por biogás

O aterro sanitário de Cascavel foi construído com todos os dispositivos de drenagem de gás, de chorume e águia pluvial. Todo o chorume é tratado, recirculado para áreas que foram encerradas . O grande diferencial do aterro é a usina de produção de energia, gerada através do biogás, produzido pela decomposição dos resíduos. “Hoje a gente tem uma produção média entre 90 a 100 mil KWs/hora de energia que é compensada em 20 unidades consumidoras do município. em termos monetários, isso representa uma economia mensal de R$ 60 a R$ 65 mil/mês para o município. A produção de bioenergia começou em 2007, mas foi só em 2017 que deixou de ser usada internamente e passou a ser compensada com a conecção do sistema de geração com a distribuição da Copel”, explicou Elmo Rowe Júnior, engenheiro químico da Sema.

Produção de energia O engenheiro químico disse ainda que o Município está investindo na ampliação no sistema de distribuição de energia. “Para isso uma rede interna de eletricidade será removida. Assim, poderemos fazer um projeto novo de ampliação e as áreas encerradas nos anos anteriores poderão receber mais resíduos e com isso , aumenta a vida útil do aterro sanitário”. Geração de energia Elmo Rowe Júnior destaca que a obra de ampliação da produção energia está com 42% do projeto executados. Foram investidos R$ 690 mil para fazer o processo de ampliação da usina. Hoje, Cascavel tem autorizado pela concessionária uma injeção de 150 kws na rede distribuidora e com esta obra, “passaremos para 300 kws e na sequência a administração deve entrar com um novo pedido de parecer de acesso junto à Copel para que a gente possa utilizar todo o biogás produzido no aterro. Hoje são utilizados apenas 20%. Os 80% restantes são queimados” . Com a ampliação, mais geradores serão instalados na usina e todo o biogás descartado será usado pelo município. “A partir da hora que for implantada a usina de um mega, o Município poderá ter por mês a economia de até R$ 500 mil, em um ano chegaremos a economia de R$ 6 milhões que poderiam ser compensados nas contas do município”, diz. 300 toneladas O aterro sanitário de Cascavel entrou em operação em 1996, utilizando uma área de 13,78 hectares. Cascavel foi o segundo município do Paraná a implantar o sistema de destinação e resíduos sólidos, depois de feito os estudos de impacto ambiental e no solo. O aterro recebe por dia cerca de 300 toneladas de lixo domiciliar, comercial e do setor de serviços. Estima-se que 35% deste total poderia ser reciclado. Com as campanhas de conscientização, feitas pelo programa “Reciclar é Preciso”, da coleta seletiva, e com os Ecopontos, a quantidade de material descartado no aterro e que poderia ser reciclado diminuiu bastante. “Temos ainda os materiais contaminantes que são pilhas, volumosos, baterias, lâmpadas fluorescentes, pneumáticos, embalagens de agrotóxicos de óleo lubricantes, que precisam ser descartados separadamente do lixo orgânico e do reciclável. Estes materiais especiais são responsabilidade dos fabricantes realizar a destinação nal. O correto é que eles não sejam disponibilizados nem na coleta seletiva nem na convencional que vem pro aterro sanitário”, explicou a engenheira ambiental, Keila Kochen.

A coleta deste material pelos fabricantes é chamada de logística reversa. “Nós temos na página da Sema os endereços destes locais e ainda telefones à disposição para informar o local correto para o descarte destes resíduos contaminantes. A logística reversa é prevista em lei e determina que o fabricante que obtém lucro com a venda deste material, precisa participar desta cadeia, precisa participar da destinação nal do tratamento ambientalmente seguro deste material”, concluiu Keila. O aterro A principal diferença do aterro para o lixão a céu aberto é a diferença nos investimentos em engenharia e controle sanitário da disposição dos resíduos, eliminando a presença dos catadores nos lixões, há sistema de vigilância 24h, raramente encontram-se aves como urubus nas células de disposição dos resíduos, ausência do mau cheiro, pois há um trabalho de cobertura e manejo deste lixo que acaba acontecendo de forma adequada, toda a produção de chorume é tratada e o biogás transformado em energia. Desde sua implantação, o aterro sanitário de Cascavel passou por duas ampliações com aquisições de novas áreas para atender a demanda de produção de resíduos gerados no Município . Este projeto foi desenvolvido por técnicos da Secretaria de Meio Ambiente e desde 2010 passou a contemplar todas as normas técnicas referentes aos aterros sanitários e sua operação. A previsão é de que o aterro sanitário tenha mais oito anos de vida útil.