Os custos de produção de suínos e de frangos de corte mantiveram-se em alta em abril, segundo a nova edição do estudo mensal publicado pela Central de Inteligência de Aves e Suínos (Cias) da Embrapa. Em relação a março, os aumentos das despesas em suínos e frango foram de 2,33% e de 2,75%, respectivamente.
Neste ano, o índice ICPSuíno – que em abril ultrapassou pela primeira vez os 400 pontos, chegando a 402,40 – acumula alta de 7,11%, e, nos últimos 12 meses, de 44,55%. Com isso, o custo por quilo vivo de suíno produzido em sistema de ciclo completo em Santa Catarina subiu R$ 0,16 entre março e abril, chegando a R$ 7,03.
Essa foi também a primeira vez que o custo de produção por quilo de suíno vivo ficou acima dos R$ 7. A alimentação dos animais representou 82,11% dos custos totais de produção de suínos. Dessa fatia, o milho respondeu por 46,88%, o farelo de soja, por 25,37%, os núcleos vitamínico-minerais (premix), por 8,3%l, e o farelo de trigo, por 1,55%.
No caso do ICPFrango, da alta de 2,75% em abril, 1,56% foram do aumento dos preços do pintinho de corte e 0,94%, da nutrição. Em 2021, o índice dos custos totais de produção de frangos de corte acumula alta de 14,08%; nos últimos 12 meses, a variação é de 39,78%.
O custo de produção do quilo do frango de corte vivo no Paraná, produzido em aviário tipo climatizado em pressão positiva, passou dos R$ 4,86 em março para R$ 4,99 em abril. A alimentação representou 75,29% dos custos totais de produção. Em seguida apareceram as despesas com pintinhos de um dia (13,58%) e mão de obra (3,82%). A depreciação das instalações e o custo de capital responderam por 1,93% e 1,60%, respectivamente.
Os estados de Santa Catarina e Paraná são usados como referência nos cálculos por serem os maiores produtores nacionais de suínos e de frangos de corte, respectivamente.