ESG. Essas três letras estão em alta no mundo dos negócios. Mas afinal, o que elas significam? A sigla ESG vem do termo em inglês Environmental, Social and Governance – ou, em português, ASG, referindo-se à Ambiental, Social e Governança. No mundo corporativo, investimento ESG é aquele que leva em consideração questões ambientais, sociais e de governança em seu planejamento estratégico, indo além das tradicionais métricas econômico-financeiras.
“A agenda ESG reflete como a empresa lida com o meio ambiente, como é o seu relacionamento com os colaboradores, clientes, fornecedores, comunidade, acionistas e executivos”, afirma Roberto Mitsuo Suguihara, Diretor Administrativo e Financeiro do Grupo Katayama, que atua nos segmentos avícola, de pecuária e fertilizantes orgânicos.
Mas no que consiste os pilares do ESG?
Fatores ambientais: uso de recursos naturais, controle da emissão de gases de efeito estufa (CO2, gás metano), eficiência energética, níveis de poluição, gestão de resíduos e efluentes, preservação da biodiversidade entre outros.
Fatores sociais: políticas e relações de trabalho, inclusão e diversidade, engajamento e saúde dos funcionários, treinamento da força de trabalho, direitos humanos, relações com comunidades, segurança de dados, entre outros.
Fatores de governança: independência do conselho administrativo, política de remuneração da alta administração, diversidade na composição do conselho, estrutura dos comitês de auditoria e fiscal, ética e transparência, entre outros.
Pesquisa divulgada recentemente, realizada pela Union+Webster (agência de pesquisa norte-americana) mostrou que 87% dos consumidores brasileiros preferem comprar produtos e serviços de uma empresa com práticas sustentáveis. E não para por aí! Mais de 70% ainda afirmaram que não se importam em pagar um pouco mais por isso.
Ambiental e Social
São inúmeras as ações do Grupo Katayama voltadas aos princípios de ESG, afinal, não é de hoje que a companhia está preocupada em desenvolver ações de sustentabilidade, ética e inovação. Algumas delas são:
Os dejetos produzidos pelas aves da indústria avícola são transformados, por meio do processo de compostagem, em fertilizante orgânico para fins agrícolas pela Terra Nascente Fertilizantes, uma das unidades de negócio do grupo. Os investimentos realizados nesta produção, renderam a conquista do Título Verde (Green Bond). “Realmente esta iniciativa é algo que nos diferencia porque a produção do fertilizante a partir do esterco puro das galinhas poedeiras, traz benefícios ambientais tangíveis, contribuindo para o desenvolvimento sustentável e minimizando a emissão de gases do efeito estufa”, acrescenta Suguihara.
A empresa também tem uma ETE (Estação de Tratamento de Efluentes) em sua planta principal e possui um programa de preservação das matas ciliares (ao redor de rios, lagos e nascentes), que se encontram dentro da propriedade da empresa.
Em mais uma ação importante de responsabilidade social e ambiental, a Katayama Alimentos aderiu ao selo eureciclo, que demonstra aos consumidores o comprometimento das empresas com o processo de reciclagem de suas embalagens. Este selo certifica a logística reversa de embalagens pós-consumo, através de uma plataforma on-line de rastreamento de notas fiscais emitidas por cooperativas e operadores de reciclagem parceiros.
As certificações conquistadas para a produção de ovos, respeitando as políticas de segurança do alimento, também evidenciam o compromisso e respeito junto aos seus consumidores, oferecendo produtos saudáveis. A Katayama Alimentos, unidade do grupo e uma das principais indústria avícolas do país, conta com certificações importantes e reconhecidas internacionalmente, como a Certificação Halal e a BRCGS (Brand Reputation through Compliance), normas globais que garantem que o processo produtivo, os produtos e os serviços prestados pela marca respeitam os rígidos critérios de qualidade e segurança alimentar exigidos em vários países.
Reforçando o propósito do compromisso social, a Katayama Alimentos mantém parceria com o Hospital do GRAACC, em São Paulo (SP). Por meio do projeto “Doar Faz Bem”, destina ao hospital parte da renda obtida com a venda dos ovos da Linha do Bem.
Entre as ações direcionadas a todos os colaboradores, está a campanha de vacinação anual da gripe (H1N1) e que inclui também parceiros e fornecedores. Além de proteger este público, a ação contribui para manter o rigoroso sistema de biosseguridade adotado na indústria avícola.
O programa Jovem Aprendiz, de iniciação do jovem à vida profissional, é motivo de grande orgulho para o grupo, que possui baixos índices de rotatividade e muitos profissionais que começaram cedo a trabalhar. “Os funcionários são homenageados por tempo de casa (5, 10, 15, 20, 25, 30, 35, 40 e 45 anos) e isto gera grande satisfação de pertencer à organização, inclusive vários jovens aprendizes são filhas(os) de colaboradores”, conta Suguihara.
A seleção dos profissionais prioriza o conjunto de habilidades e competências individuais para o exercício de determinada atividade profissional. Entretanto, o grupo procura valorizar a diversidade de gênero, sem restrições ou preconceitos. A Katayama Alimentos conta com expressivo quadro de colaboradoras em suas operações – quase 50% -, sendo que atualmente cerca de 52% dos cargos de liderança, gestão e supervisão são femininos.
Governança e Compliance
De acordo com o diretor do Grupo Katayama, Governança é a base de tudo e permeia os outros pilares do ESG. “Além de seguir regras de compliance legal, tributário e trabalhista, visando a ética e transparência em todas as esferas de atuação, é preciso envolver toda a cadeia de fornecedores e parceiros para que também se comprometam e estejam alinhados com as práticas de governança da empresa”, destaca.
A partir da mudança de gestão há alguns anos, o investimento dos sócios do Grupo Katayama foi maciço na estruturação, modernização e ampliação do parque industrial, transformando a Katayama Alimentos em uma das principais indústrias avícolas do país. Em seguida, veio o aprimoramento do modelo de gestão, com a estruturação de governança corporativa, estruturação societária, criação de manual de conduta, etc.
As demonstrações financeiras passaram a ser auditadas por uma Big Four, que torna a empresa uma referência de mercado e permite a obtenção de recursos diretos de entidades como BNDES, Finep, entre outros. “Embora os conceitos da agenda ESG não representem temas necessariamente novos no mercado, vem despontando como grande tendência e tem sido uma importante e necessária resposta das empresas frente aos desafios da sociedade contemporânea, integrando geração de valor econômico à preocupação com as questões ambientais, sociais e de governança corporativa. Trata-se de uma forma de mostrar responsabilidade e comprometimento com consumidores, fornecedores, colaboradores e investidores”, finaliza Suguihara.