A Usina Termoelétrica William Arjona, em Campo Grande, MS, enfim, está em funcionamento. A unidade foi reinaugurada nesta semana, após quatro anos paralisada.
A termoelétrica, movida a gás natural, tem capacidade para gerar 190 MW de energia, o suficiente para atender metade do consumo da capital sul-matogrossense.
A unidade foi adquirida pelo Grupo Delta Energia e reativada em virtude das secas em diversas regiões do país. A usina é vista como alternativa para suprir a demanda de energia elétrica em face da crise hídrica que o Brasil atravessa.
A reinauguração da unidade atraiu, inclusive, o ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque.
“Uma usina que estava parada desde 2017 e que num esforço do Governo Federal, junto com o Congresso Nacional, que viabilizou diversos projetos para o setor de energia, seja o setor elétrico, seja o setor de petróleo e gás, criaram o ambiente para que esse empreendimento aqui voltasse a operar”, disse.
A unidade já começou as atividades desde 10 de julho. Todas as máquinas já estarão em funcionamento até a próxima semana.
“A unidade vai converter gás natural em energia e assim contribuir com o setor elétrico de Mato Grosso do Sul, além da geração de empregos e arrecadação ao Estado”, disse o secretário de Infraestrutura, Eduardo Riedel.
A Usina Termoelétrica William Arjona é um dos 22 empreendimentos que estão sendo implementados em Mato Grosso do Sul, sendo 21 de energia renovável. Os investimentos no setor no estado chegam a R$ 4 bilhões e a previsão é que gerem 15 mil empregos.
Metade de Campo Grande – O presidente do Grupo Delta, Luiz Fernando Viana, ressaltou que a energia produzida na unidade equivale a 50% do consumo de Campo Grande. “Entramos em operação no dia 10 de julho já com três máquinas, que produz 120 megawatts, na semana que vem vão funcionar as cinco (máquinas), chegando a nossa capacidade de 190 megawatts”.
Viana revelou que já existe um estudo para ampliar ainda mais esta capacidade máxima. Sobre o gás natural utilizado, a previsão é de 1.350.000 metros cúbicos diários com o uso das cinco máquinas.
Para o presidente da MSGás, Rui Pires, a reativação da termelétrica vai contribuir com a economia estadual. “O Estado ganha bastante. Toda vez que entra o gás no Brasil, gera ICMS ao Estado. Também contribui ao Brasil, já que estamos diante de uma crise hídrica, a pior dos últimos 91 anos”.
Uso consciente – A reativação de usinas termoelétricas reflete a falta de chuvas que o país vem enfrentando, principalmente no Sudeste e Centro-Oeste, e que afeta o nível das usinas hidrelétricas, responsáveis por 65% da matriz energética brasileira.