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Hidrogênio Verde

Os desafios para viabilizar a demanda por hidrogênio de baixo carbono

Governos nacionais e estaduais têm lançado estratégias para incentivar a produção e absorção de hidrogênio com baixo teor de carbono

Os desafios para viabilizar a demanda por hidrogênio de baixo carbono

Com a aposta no hidrogênio (H2) para descarbonizar setores que de outra forma seriam impossíveis ou difíceis de abater – transporte pesado, logística de carga e aquecimento industrial – governos nacionais e estaduais têm lançado estratégias para incentivar a produção e absorção de hidrogênio com baixo teor de carbono.

Tornar viável o hidrogênio verde (feito a partir da eletrólise com energia renovável) e o azul (gás natural com captura de carbono) depende ainda de encontrar respostas para diferentes questões. Uma delas é transporte e distribuição.

Na Europa, o governo holandês encomendou um estudo à PwC para avaliar se a rede de gás natural existente poderia desempenhar um papel na distribuição do H2. Para dar o pontapé inicial na cadeia de abastecimento de hidrogênio, a Holanda estabeleceu, em 2020, a ambição de 3-4 GW de capacidade de eletrólise instalada até 2030.

O estudo “HyWay 27: hydrogen transmission using the existing natural gas grid” indica que os principais gasodutos do país podem ser reaproveitados para a distribuição de hidrogênio.

“Os volumes de distribuição de gás natural na Holanda terão caído cerca de 40% em 2030 em comparação com os níveis de hoje. Como resultado do declínio da demanda, a Gasunie [empresa de transporte de gás natural] pode reorganizar os fluxos de existentes de uma forma que libere certos dutos para usos alternativos”, diz o documento.

Além disso, avalia que reutilizar as redes de gás natural existentes é mais econômico do que colocar novos dutos para o hidrogênio.

“Uma rede de transmissão conectando todos os clusters industriais a produtores e locais de armazenamento requer um investimento de cerca de € 1,5 bilhão”, calcula.

Preço
Outro gargalo para o hidrogênio de baixo carbono é o custo de produção, que precisa cair significativamente para que ele seja viável em todo o mundo.

No caso do hidrogênio verde – hoje, 2 a 3 vezes mais caro do que o azul – o preço da eletricidade renovável é a maior componente de custo.

Em dezembro do ano passado, Agência Internacional de Energia Renovável (Irena, na sigla em inglês) publicou um relatório mostrando que “uma via agressiva” de implantação de sistemas de eletrólise pode tornar o hidrogênio verde mais barato do que qualquer alternativa de baixo carbono – a menos de US$ 1/kg –, antes de 2040.

O relatório “Green hydrogen cost reduction” descreve estratégias para reduzir custos por meio de inovação contínua, melhorias de desempenho e aumento de escala de níveis de megawatt (MW) para multi-gigawatt (GW).