A Waitrose, rede de supermercados do Reino Unido, deve introduzir um preço sustentável para os suínos para seus fornecedores como parte de um pacote de apoio para o setor atingido pela crise.
Em meio a alertas recentes de que os preços da carne suína estavam despencando por conta da crise, o varejista disse que iria introduzir um “preço base que garanta que nossos produtores não sejam prejudicados pela queda do preço de mercado”, a partir desta semana.
A mudança ocorre em um momento em que os produtores de suínos alertam que um acúmulo contínuo de mais de 100.000 porcos nas fazendas – causado pela combinação de uma escassez de açougue e excesso de oferta como resultado da proibição da carne suína europeia pela China – não mostra sinais de diminuir.
Notícias Relacionadas
E isso segue os avisos da National Pig Association, duas semanas atrás, de que o esquema de apoio da Defra para o setor , que incentiva os processadores com um prêmio de £ 3 por suíno a colocar em turnos adicionais para aumentar a produção e diminuir o acúmulo de pedidos, poderia reduzir ainda mais os preços dos suínos.
O preço padrão de suínos (SPP) da AHDB ficou em 144,30p em 20 de novembro, seu preço mais baixo desde abril de 2019, e 13% abaixo do pico mais recente de 165,73p em 31 de julho.
A promessa de Waitrose veio menos de um mês depois que Morrisons anunciou o lançamento de uma promoção de carne suína em uma tentativa de ajudar os criadores de suínos atingidos pela crise um mês atrás.
Como o setor de carnes pode atrair e treinar mais trabalhadores britânicos?
Mas em um artigo de opinião publicado pelo The Grocer nesta semana , o gerente sênior de agricultura da Waitrose, Jake Pickering, disse que uma “estratégia de longo prazo” era necessária.
Seu pacote de apoio conteria “novas medidas” para aumentar o preço que os fazendeiros recebem por seus animais, acrescentou ele, em vez de depender de mais promoções de curto prazo e cortes de preços.
Apesar de receber o apoio dos varejistas, no entanto, havia “muito que eles pudessem fazer” para compensar os desafios que o setor estava enfrentando, disse a CEO da NPA, Zoe Davies. “O maior problema é o trabalho.”
E apesar do sucesso recentemente visto pelos processadores de aves em atrair açougueiros sazonais da UE , o regime de visto de seis meses do governo para açougueiros do setor de carne suína provavelmente não ajudará no curto prazo, Davies alertou, acrescentando que “não esperamos um impacto significativo até o próximo ano ”.
Uma porta-voz da British Meat Processors ‘Association concordou com Davies, dizendo que o esquema “não tinha sido de grande ajuda” até agora, enquanto apontava para os problemas em curso causados ??pela proibição de importação da China, que levou à inundação de carne suína europeia mercado devido à peste suína africana na Alemanha.
De acordo com a AHDB, “o mercado da UE também está com excesso de oferta de carne suína produzida internamente e os preços britânicos recentes lá terão dificuldade para competir”.
E isso significava, apesar do apoio oferecido pelos supermercados, que importadores como os de um setor de serviços de alimentação duramente atingido por restrições pandêmicas “não iriam trocar por carne suína do Reino Unido devido às diferenças de preços”, disse Davies.
A BMPA também lançou dúvidas sobre a viabilidade do esquema de ajuda ao armazenamento da Defra, anunciado no mesmo pacote de apoio no mês passado, e projetado para permitir que os processadores matem e congelem as carcaças não cortadas, para uso em uma data posterior.
Com os processadores agora se preparando para a corrida do Natal , a porta-voz do órgão comercial disse que “ninguém vai matar porcos e colocá-los direto no freezer”.
