O primeiro semestre do setor de alimentação animal apresentou um ritmo mais forte de crescimento, com uma diminuição ao longo de toda a segunda metade do ano.
Com isso, os volumes produzidos de rações em 2021 devem ficar em um patamar próximo dos 4,5% em relação ao ano passado, segundo as estimativas do Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações).
“As cadeias produtivas de proteína animal enfrentaram custos altos ao longo do ano, e a redução de renda, juros altos e inflação gerou dificuldades para o consumidor; e, do lado da indústria, houve um momento em que ela teve de repassar para o preço do produto os custos que vinham se elevando; não havia como segurar mais”, comenta Ariovaldo Zani, CEO do Sindirações, e também presidente do Colégio Brasileiro de Nutrição Animal (CBNA).
O cenário, porém, foi favorecido pelas exportações de proteína brasileira, que seguiram em ritmo forte neste ano. O Dólar supervalorizado em relação ao Real, tornou os produtos do país ainda mais competitivos no comércio internacional. Por outro lado, encareceu a importação de insumos importantes.
A indústria de alimentação animal, por exemplo, viu itens como vitaminas e aminoácidos dispararem de preço, já que boa parte vem do mercado externo. Além disso, a atual escassez de contêineres elevou o frete destas importações, ampliando o tempo de espera.
Um container da China com vitamina para uso na fabricação de ração, que antes saía a um preço médio de US$ 2.000, passou a custar algo perto de US$ 12.000.
“O valor aumentou seis vezes e, isso, entrando em uma fila para conseguir o container para o transporte deste aditivo da China para o Brasil”, comenta Zani. Essa situação refletiu diretamente nos custos da indústria de alimentação animal, que também tem enfrentado a alta dos grãos.
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