A WindPower Korea, a EDP Renováveis e a Aker Solutions formaram um consórcio para o desenvolvimento de um parque eólico flutuante com 500 MW iniciais ao largo da costa da Cidade Metropolitana de Ulsan, na Coreia do Sul.
Faz parte do consórcio a EDP Renováveis, um dos principais produtores de energia eólica mundial, e a Aker Solutions, uma empresa de engenharia e tecnologia com 40 anos de experiência na realização de projetos offshore, e que investiram na empresa de desenvolvimento Korea Floating Wind Power («KFWind»), juntando-se ao acionista fundador, a WindPower Korea. A Principle Power, que teve um papel na origem da carteira de projetos da KFWind, irá fornecer ao projeto a sua tecnologia comprovada de fundações WindFloat®.
O novo consórcio está empenhado em apoiar os ambiciosos planos de energia renovável do governo sul-coreano, que preveem 13 GW de energia eólica offshore a serem instalados em 2030 e nos quais se fixou uma meta de pelo menos 30% de energias renováveis até 2040. A KFWind assinou um Memorando de Entendimento com a Cidade Metropolitana de de Ulsan em janeiro de 2019 para cooperar no desenvolvimento de projetos eólicos flutuantes e apoiar o desenvolvimento industrial da região de Ulsan, para servir de centro de produção para o mercado eólico offshore interno e de exportação.
A região de Ulsan tem boas condições para a comercialização de energia eólica flutuante, devido à combinação de estaleiros navais líderes no mercado, técnica marítima e às instalações portuárias da região. O consórcio prevê que um projeto potencial contribua com benefícios econômicos e ambientais positivos e significativos para a comunidade local. O parque eólico irá fazer uso da tecnologia WindFloat® de ponta, que permite a instalação de plataformas flutuantes em águas profundas, anteriormente inacessíveis, e onde podem ser aproveitados os melhores recursos eólicos da Coreia. O consórcio está empenhado, desde o início, em trabalhar lado a lado com as associações de pesca e representantes locais para garantir que os projetos estejam bem localizados e desenvolvidos de forma responsável.
Players de relevância no setor
O consórcio tem o apoio de líderes setoriais consolidados tanto no âmbito da produção de energia renovável quanto no desenvolvimento de projetos offshore, ao que se junta o conhecimento do setor e mercados locais da WindPower Korea.
A EDP Renováveis, detida maioritariamente pela elétrica portuguesa EDP, é um dos principais produtores de energia eólica, com operações em 14 países. O parque eólico será incluído na joint venture anunciada entre a EDP Renováveis e a Engie e terá como objetivo tornar-se um dos cinco maiores operadores de energia eólica offshore do mundo, para aproveitar as oportunidades da energia eólica offshore em todo o mundo. A JV EDPR/Engie tem atualmente 1,5 GW de capacidade em construção e 4,0 GW previstos globalmente.
A sociedade tem um sólido compromisso com o consórcio Windplus, que está prestes a instalar as três maiores turbinas eólicas offshore numa plataforma flutuante até à data no âmbito do projeto de 25 MW WindFloat Atlantic atualmente em construção em Portugal. Portanto, a EDPR tem uma experiência única na produção de energia offshore flutuante.
Já a Aker Solutions é parcialmente detida pela Aker ASA, uma sociedade de investimento industrial com participações em várias empresas de energia e marítimas. A Aker Solutions fornece soluções tecnológicas e de engenharia offshore à escala global e já forneceu mais de 60% das estruturas flutuantes semi-submersíveis do mundo.
Sobre a transação
A EDPR e a Akso Solutions adquiriram uma participação significativa na KFWind à WindPower Korea, uma empreendedora de projetos que continua sendo acionista minoritária e à Principle Power, líder global em tecnologia eólica flutuante, que irá sair da estrutura acionista para se concentrar no desenvolvimento da sua tecnologia central e da atividade de serviços no mercado coreano. A KFWind foi assessorada pela Green Giraffe, uma empresa de consultoria especializada, com ênfase no setor de energias renováveis. As partes acordaram em não divulgar o valor das transações.