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Comércio Internacional

China diminuirá tarifas da carne suína

Iniciativa que reduz taxas de 850 produtos é anunciada em meio ao arrefecimento da guerra comercial contra os Estados Unidos

China diminuirá tarifas da carne suína

A China reduzirá as tarifas de importação de mais de 850 produtos, segundo anúncio feito pelo ministério das Finanças do país na última segunda-feira (23). A medida, que tem validade a partir de 1º de janeiro, ataca os problemas vividos pelo país com a escassez de alimentos básicos e insumos industriais. Entre os itens que possuem importante peso na balança comercial brasileira estão a carne suína congelada e ferronióbio. O primeiro terá redução de 12% para 8%, enquanto que o segundo baixará de 1% para zero. Enquanto a carne é um item essencial na alimentação chinesa, o segundo é determinante para o desenvolvimento de alta tecnologia, pois é usado como aditivo ao aço de baixa liga e aço inoxidável de alta resistência para oleodutos e gasodutos, carros e caminhões, de 1% para zero em 2020, visando o desenvolvimento de alta tecnologia. O Brasil é o principal produtor de nióbio no mundo.

A iniciativa não parece estar relacionada com a guerra comercial aberta entre China e Estados Unidos, que levou os dois países a aumentar as tarifas de vários produtos, uma batalha de centenas de bilhões de dólares que afetou o crescimento mundial. Contudo, os dois países amenizaram sua guerra comercial neste mês ao anunciarem a fase 1 de um acordo que vai reduzir algumas tarifas dos EUA em troca de mais compras chinesas de produtos agrícolas norte-americanos e outros.

Porém, o presidente americano Donald Trump retuitou nesta segunda-feira duas notícias da imprensa sobre a redução das tarifas, sem qualquer comentário adicional. A lista de produtos afetados inclui vários itens que as empresas chinesas compram nos Estados Unidos, que varia da carne de porco aos aparelhos eletrônicos.

Analistas consideram que com esta decisão, Pequim deseja enviar sinais de uma certa abertura, depois de alcançar um acordo mínimo com Washington este mês para reduzir algumas taxas e trabalhar rumo a um pacto mais amplo.

A Comissão de Tarifas do Conselho de Estado afirmou em um comunicado que as mudanças devem “otimizar a estrutura comercial e promoverão um desenvolvimento de alta qualidade da economia”. Além disso, serão reduzidas as tarifas de outros produtos alimentares como pescado, queijo e frutas secos, além de produtos farmacêuticos, componentes para smartphones e vários produtos químicos. Mercadorias importadas de países como Nova Zelândia, Peru, Costa Rica, Suíça, Islândia, Austrália, Coreia do Sul e Paquistão também serão submetidos a uma redução de tarifas, de acordo com o ministério.