A Agência Internacional de Energia (AIE), divulgou que o Brasil é o país que tem a matriz energética menos poluente do mundo e com a maior participação de combustíveis renováveis entre os grandes consumidores de energia do mundo. Segundo o Ministério de Minas e Energia, em 2023, o percentual de energias renováveis será 3% maior do que declarado pela agência, que é ligada a Organização para Cooperação e Desenvolvimento (OCDE), segundo ela o Brasil deverá possuir 45%, ainda segundo o MME a participação hoje é de 43%.
O Brasil, hoje, é referência, no uso de energia sustentável e “essa enorme parcela é uma fonte de inspiração para muitos países do mundo”, disse o diretor-executivo da AIE, Fatih Birol, nesta segunda-feira, durante o lançamento, no Brasil, do Relatório sobre o Mercado de Energias Renováveis da AIE.
O governo brasileiro ingressou na Agência há pouco tempo, juntamente com China, Índia e Indonésia, que juntos são responsáveis por 70% do consumo global.
O relatório da AIE traz estimativas em relação aos próximos 5 anos e o ministérios das Relações Exteriores e de Minas e Energia comemoraram o fato de, pela primeira vez, o documento trazer, com ênfase, a expressão “bioenergia moderna, incluindo na sua capa a cana de açúcar, um sinal que o mundo se voltará novamente para combustíveis produzidos a partir de biomassa, como o etanol.
Com os Estados Unidos, e China (a partir de 2020) aumentando o percentual de etanol em sua gasolina, as perspectivas são muito boas para o setor, bem como a programa do Canadá para aumentar sua produção de biocombustíveis. O papel das fontes renováveis na demanda energética global deverá aumentar para 12,4% em 2023, percentual que corresponde a um quinto a mais do que no quinquênio anterior de análise (2012-2017). Nos próximos cinco anos as energias renováveis vão atender a 40% do aumento do consumo projetado.