Cerca de 35 profissionais da suinocultura participaram, na última segunda-feira (27/11), do segundo módulo do treinamento de mercado futuro de grãos. A ação é uma iniciativa da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) em parceria com a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (ASEMG), Associação dos Suinocultores do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba (Astap), Associação dos Suinocultores do Vale do Piranga Coosuiponte (Assuvap), Associações dos Avicultores e de Suinocultores do Espirito Santo (ASES) e contou com apoio das empresas Cargill e Nutron.
O objetivo do curso, que aconteceu na sede da ASEMG, em Belo Horizonte (MG), foi apresentar aos participantes as alternativas para operar no mercado futuro de grãos – bem como seus benefícios e desafios – como mais uma ferramenta de gerenciamento de custos, para que o suinocultor possa minimizar os riscos da atividade e potencializar a rentabilidade do seu negócio.
O diretor executivo da Associação dos Suinocultores do Espírito Santo (ASES), Nélio Hand, acredita que o treinamento beneficia os produtores de suínos e aves do ES, os incentivando a prosseguir e aprimorar as informações relacionadas ao mercado. “O produtor precisa buscar mecanismos para diversificar as suas compras, pois o mercado é cheio de incertezas e iniciativas como essa ajudam a levar mais informação ao produtor, para que ele tenha em mãos mecanismos para trabalhar frente a essas oscilações existentes no mercado”.
Luiz Caimi, gerente regional de negócios e responsável pelo setor de suínos da Nutron, ressaltou a importância da parceria com a ABCS e as associações afiliadas na realização dessa ação que leva aos produtores soluções em relação a produtos e a própria rotina de produção, a fim de viabilizar cada vez mais a atividade. “É importante que os produtores tenham seus custos controlados, uma vez que já é muito difícil o controle por parte do mercado, no que concerne ao preço de venda dos suínos.
Caimi comentou ainda o minicurso de operação na Bolsa de Mercado Futuro, que foi ministrado pela representante da equipe de gerenciamento de risco da Cargill, Vanessa Gomes. “Esse trabalho de gestão de risco de commodities, especialmente milho e farelo de soja, é de fundamental importância, pois representa em torno de 60 a 65% sob o total de custos de produção do suíno. Então, se nós gerenciarmos bem essas matérias primas certamente a chance de ter êxito na atividade é bem maior”, destaca.
Para o presidente da ABCS, Marcelo Lopes, o segundo módulo do treinamento vem para dar continuidade na formação, de forma a suprir as demandas das estaduais. “A análise eficiente de custos de grãos e a apresentação das ferramentas passadas no evento trazem ao suinocultor a possibilidade de conseguir se manter competitivo na atividade. E, com certeza as informações adquiridas serão fundamentais para melhorar a sustentabilidade da produção suinícola”.
Os treinamentos terão continuidade em 2018, e a ABCS, juntamente com a Cargill, pretende levar a metodologia para outros estados.