Até 2030, de acordo com o relatório “Perspectivas da População Mundial”, publicado pela Organização das Nações Unidas (ONU), a população poderá atingir a marca de 8,5 bilhões de pessoas. Com isto, haverá um incremento no consumo de proteína animal. Paralelo a este crescimento, surge uma nova demanda de consumidores cada vez mais exigente e que buscam alimentos que atendam um novo estilo de vida, ou seja, proteínas que sejam produzidas respeitando o meio ambiente e o bem-estar animal. Estes são alguns dos grandes desafios para a produção animal, juntamente às novas mudanças regulatórias e a perspectiva da proibição de alguns antibióticos utilizados como melhoradores de crescimento na produção de aves e suínos.
O zootecnista e gerente de produtos de aves e suínos da Guabi, João Carlos de Angelo, ressalta que reduzir o uso de antibióticos na produção animal é uma meta para os próximos anos. Segundo ele, dezenas de países já estão em processo de implantação de políticas para restringir o uso de antibióticos.
Inclusive, foi citado durante o Simpósio da Poultry Science 2016 que em 2025 está prevista uma proibição mundial quanto à utilização de antibióticos. “As empresas vão precisar adaptar-se a produção de carnes e ovos com as restrições ao uso de antibióticos como melhoradores de crescimento, ou seja, a nutrição animal é fundamental na melhora da qualidade intestinal e no aproveitamento dos nutrientes da dieta, além da importância do manejo, ambiência, genética, biossegurança e sanidade das granjas que possuem papel fundamental para imprimir performance zootécnica de alto nível”, diz.