Até dezembro Mato Grosso comercializou 53,53% da 2ª safra 2015/2016 de milho, um avanço de apenas 3,63 pontos percentuais em relação a novembro. A instabilidade climática foi o principal fator para os produtores colocarem o “pé no freio” para o fechamento de negócios.
As projeções para a 2ª safra de milho são de 19,361 milhões de toneladas, um decréscimo de 8,69% em relação as 21,205 milhões colhidas no ciclo anterior. Caso o volume se concretize será a terceira maior produção do grão no estado. A maior ocorreu no ciclo 2012/2013 quando 22,538 milhões de toneladas foram colhidas em Mato Grosso.
O avanço de apenas 3,63 pontos percentuais nas vendas em dezembro contra novembro é considerado o menor desde o início das vendas futuras desta safra de milho. Entre outubro e novembro o salto havia sido de 44,77% para 49,93% e de setembro para outubro de 33,43% para 44,77%.
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Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), as baixas precipitações sobre as lavouras de soja, principalmente nos meses de novembro e dezembro quando a semeadura intensifica, mudaram o foco do produtor para o fechamento das vendas futuras do cereal.
“O grande volume já comercializado da safra futura é outro fator que tem colaborado para avanços tímidos nas negociações, mesmo com o preço médio sendo o maior já registrado, ficando com média de R$ 18,24/sc. Desta forma, enquanto o clima não der “sinais” de que poderá colaborar para um avanço no potencial produtivo do milho do Estado, o agricultor continuará receoso, e a comercialização andará em ritmo lento”, salienta o Imea.
A saca de 60 quilos de milho em Mato Grosso está em média R$ 19,97 em janeiro, superior aos R$ 19,22 verificados em dezembro e aos R$ 16,24 de janeiro do ano passado. Em 2014 neste período a saca estava na casa dos R$ 14,70, em 2013 R$ 18,87 e em 2012 R$ 16,02.
A saca varia em Mato Grosso entre R$ 18,90 em Sinop e R$ 23,90 em Alto Araguaia.
