Alguns leitores procuram o site da Suinocultura Industrial para sanar dúvidas constantes que dizem respeito a produção. Na última semana, a leitora Jéssica Morelo nos enviou o questionamento sobre a má formação de pele notada em um único leitão de uma leitegada de 16 crias. A produtora questionou sobre o tratamento para esse problema, nos enviando uma foto do animal citado. Segundo a Embrapa Aves e Suínos, trata- se possivelmente de um caso de Formação Incompleta de pele.
Normalmente este problema é congênito e hereditário. “Seria importante tentar identificar se em outros partos onde foi utilizado o mesmo reprodutor aconteceu mais um caso semelhante. Como é hereditário, pode estar associado ao reprodutor ou a matriz. Pode acontecer em um outro parto de nascer mais leitões com o problema ou nenhum, depende da combinação, pois a doença é recessiva. Neste caso específico, a lesão é bem grande e talvez a resolução seja lenta”, explicou o centro de pesquisa.
A Embrapa também frisou que como não há pele na região, o animal está mais susceptível a contaminações secundárias, que podem levar a morte do animal. “O tratamento consiste basicamente no uso de antibióticos de amplo espectro de ação, podendo associar pomadas cicatrizantes (não usar spray repelentes). Manter o animal em ótimas condições de higiene é fundamental. Normalmente, no prazo de 3 semanas ocorre a completa cicatrização, se não houver contaminação secundária. Neste caso, devido a extensão da lesão pode demorar mais. Se aparecer novos casos, recomenda-se descartar o reprodutor ou matriz, para evitar maiores problemas na criação”.
Resultado
Após a dúvida sanada, a leitora entrou em contato e disse que o animal teve apenas seis dias de vida. “Infelizmente ela não resistiu, começou a deixar de mamar e foi ficando fraca, fizemos o possível mas no sábado ela morreu. Aguentou 6 dias apenas. Foi a primeira vez que isso aconteceu, essa matriz criou apenas 3 vezes – uma vez por fertilização e as duas últimas foi cruza com o mesmo reprodutor. Iremos prestar atenção nas próximas vezes, caso acontece novamente voltaremos pra fertilização”, contou.