Com os programas de incentivo do Governo Federal, o Piauí está na vanguarda da mini e microprodução de energia no país. Atualmente, já são cerca de 300 piauienses participando do modelo, embasado na possibilidade de cada cidadão gerar a energia que vai consumir, tal como vender o excedente para o Executivo. “Nós já temos aqui no Piauí hoje mais ou menos, funcionando mais ou menos 300 micro e miniprodutores de energia e temos 800 inscritos, a Eletrobras deu um avanço muito grande porque agilizou, antigamente as pessoas queriam fazer a sua mini produção botando no teto de sua residência e a Eletrobras não estava com a mão de obra técnica para agir, hoje está agindo rápida”, disse o secretário de Mineração, Luís Coelho (PHS).
De acordo com o gestor, a distribuidora tem trabalhado na liberação de novos pontos de micro e miniprodução, assim o Governo preconiza um avanço substancial tanto na economia quanto na preservação ambiental. “Semana passada ao que parece a Eletrobras liberou 86 micro e miniprodução de energia, que são usinas nas casas, então eu acho que isso vai ser sem dúvida nenhuma o grande ganho da população brasileira e o Piauí está dando um passo importante, dois Estados estão se destacando nessa história: Minas Gerais por ter começado mais cedo e o Piauí e eu tenho quase certeza que vamos superar Minas na produção de energia na residência”, destacou.[
Luís Coelho esclarece que o preço das placas está ficando cada vez mais acessível para a população em geral e em breve o método se difundirá com mais facilidade. “As pessoas falam que o preço das placas é muito alto, foi, o Governo desonerou tudo, gerar um watt de energia em 2011, por exemplo, era U$ 0,97 , hoje é U$ 0,33; então veja que a queda foi grande, o Governo deu todo incentivo, fez lei beneficiando, deu incentivo fiscal, só vai cobrar ICMS do que produziu e consumiu e o preço da placa diminuiu, o investimento hoje em energia fotovoltaica, na micro e miniprodução é o melhor resultado que se tem no Brasil, é melhor do que comprar na poupança, melhor que comprar carro novo”, garantiu.
Como participar do projeto
Segundo o secretário de Mineração, Luís Coelho, o processo não é complexo e o investimento é compensado em 5 anos. “Esse dinheiro que você vai aplicar num projeto na residência, em cinco anos se paga, e você vai usar 25 anos de graça, com uma economia de mais de 30%, por outro lado a grande matriz brasileira hoje é hidráulica e o que o mundo diz hoje? Que temos que preservar para o consumo e produção de alimentos, então todas as energias alternativas serão usadas, por isso que as eólicas estão bombando”, explicou.
No Nordeste, a energia eólica já representa 30% do consumo. “No Brasil hoje a eólica já representa 5% do consumo nacional, do Nordeste já é 30%, o Piauí já é o terceiro em produção do Brasil, então esses passos estão sendo dados e vamos surpreender na micro e miniprodução de energia, essa é a grande batalha nossa mostrar para o cidadão comum que ele pode produzir a sua própria energia e que é barato, isso é que importa, ele tem cinco anos para pagar e 25 para usar”, disse.
Para o gestor é questão de tempo para que as energias limpas dominem o país, ressaltando que na Europa o recurso já é popular. “Tem empresas que alugam seu teto, tem outras que fazem um contrato com você e paga para fazer isso, tem também os bancos que emprestam o dinheiro para produzir e se você tem o recurso, vamos supor numa casa com 3 pessoas, com R$ 16 mil a R$ 18 mil você produz uma mini ou microprodução de energia, a Europa toda já faz isso, estamos apenas começando tardiamente”, finalizou.