O mercado global de carne suína está passando por um momento de preços elevados, sustentados por uma queda na produção em seu principal mercado consumidor, a China. A potência asiática é a maior consumidora global de carne suína e, para atender a demanda interna, está recorrendo a importações, mas mesmo assim os preços locais já subiram 48% em um ano. Em janeiro último houve alta de 56% nas compras internacionais ante igual período de 2015 e avanço de 76% na comparação entre fevereiro deste ano com o mesmo mês do ano passado. A expectativa de analistas é de que as importações sigam em ritmo forte até o segundo semestre deste ano.
Produtores norte-americanos e europeus têm se beneficiado com a maior procura pelos chineses. As exportações cresceram 38% em fevereiro ante janeiro nos EUA, somando 15,92 mil toneladas, conforme do Departamento de Agricultura do país (USDA, na sigla em inglês). Já na Europa, as exportações em janeiro cresceram 78% na comparação com igual período do ano anterior, para 116,57 mil toneladas.
A consultoria Steiner espera que as exportações norte-americanas para a China cresçam 55% em 2016 ante o resultado de 2015, mas explica que o avanço não se deve apenas a maior demanda chinesa. Desde outubro de 2015, a China liberou a importação de carne suína oriunda de 14 produtores norte-americanos, que até então não podiam fornecer a compradores chineses.