Empresas, universidades, agências de promoção e de fomento, prefeitura de Sorocaba, representante do legislativo e a Secretaria Estadual de Energia e Mineração iniciaram nesta sexta-feira (29/04), na sede da Investe SP, um projeto de fomento ao setor de energias renováveis na região de Sorocaba.
A ideia é juntar os esforços e conhecimentos do setor acadêmico e produtivo, aliado ao fomento e legislação do setor público para criar um ambiente favorável ao crescimento das energias renováveis no Estado de São Paulo, tanto na produção de partes, peças e produtos quanto na produção e geração dessas energias.
O ponto de partida será a região de Sorocaba, que já conta com uma das maiores cadeias metalmecânicas da América Latina. “Temos um estado forte, universidades de ponta, inovação e um setor industrial dos mais competentes do mundo. Se nos juntarmos tenho certeza que poderemos criar uma cadeia produtiva de energias renováveis de sucesso”, afirmou o deputado federal, Vitor Lippi, um dos líderes desse projeto.
O encontro contou com a participação de representantes das empresas Tecsis, Wobben, ABB, Flextronics, Johnson Controls, Huawei, Nari, Prysmian Group, entre outros.
“Nós precisamos dos senhores para um novo impulso no desenvolvimento do Estado de São Paulo, desta vez com as energias renováveis”, disse o secretário de Energia e Mineração, João Carlos Meirelles.
Segundo o secretário, “São Paulo já tomou providências para incentivar esse setor, mas após um diagnóstico poderemos ver o que está faltando”.
Na reunião, os participantes definiram a criação de grupos técnicos para estudar especificamente cada uma das ações que poderão ser realizadas para fomentar o setor no Estado de São Paulo. O subsecretário Estadual de Energias Renováveis, Antonio Celso de Abreu Jr, também fará parte dos grupos.
O presidente da Investe SP, Juan Quirós, destacou a importância da inciativa e colocou a estrutura do estado à disposição das empresas que queiram investir. “Essa será uma excelente oportunidade para as empresas gerarem novos negócios. As agências de fomento do Estado como a Desenvolve SP e a Fapesp podem ser parceiras essenciais para financiar esses projetos e a universidade para fornecer capital humano”.
Também participaram do encontro Carlos Vitorio Zain, Presidente da Johnson Controls, Geraldo Almeida, Secretário Municipal de Desenvolvimento de Sorocaba, Jorge Funaro, Diretor Geral da Flextronics, Luiz Antonio Quilicci, Assessor Parlamentar, Luiz Fernando Guerra, Diretor da Fit, Marco Antonio Castello Branco, Chefe de Gabinete da Secretaria de Energia e Mineração, Nelson Falcão, Diretor de Energia da Flextronics, Paulo Carvalho, Diretor da Facens, Pedro Angelo Vial, Presidente da Inova – Sorocaba, Phillips Lemos, Diretor da Tecsis, Prof. Dr. Júlio Cesar Durigan, Reitor de Unesp, Reinaldo Jerônymo, Diretor Comercial de Telecom da Prysmian Group, Rubens Lara, Presidente do Parque Tecnológico de Sorocaba, Sérgio Costa, Diretor da Investe SP, Bruno Monteiro, da Head Segmento Solar da ABB, José Roberto Arruda, Coordenador Adjunto da Fapesp, Antonio Carlos Gomes Jr, Coordenador de Pesquisa da Facens, Prof. Dr. Adilson Jesus Aparecido de Oliveira e Prof. Dr. Ernesto Pereira, da Ufscar, Carlos Vitorio Zam, da Johnson Controls e Alvaro Seplacen , da Desenvolve SP.
Incentivo ao setor
Em agosto de 2015, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, publicou dois decretos que incentivam a produção de energia elétrica por micro e minigeradores e de peças para os setores de energia solar e eólica.
O decreto nº 61.439/2015 concede isenção de ICMS sobre a energia elétrica fornecida para microgeradores e minigeradores na quantidade correspondente à energia elétrica injetada na rede de distribuição. Já o decreto nº 61.440/2015, concede isenção de ICMS para a produção de equipamentos destinados a geração de energia eólica e solarimétrica. A medida isenta o ICMS das partes e peças de aerogeradores, geradores fotovoltaicos e torres para suporte de energia eólica.
Também estão contemplados pela medida os conversores de frequência de 1.600 kVA e 620 volts; fio retangular de cobre esmaltado de 10 por 3,55 milímetros e barra de cobre 9,4 por 3,5 milímetros.
São Paulo e as energias renováveis
São Paulo vem ampliando sua importância na geração de energia fotovoltaica. A primeira usina do Estado é a de Tanquinho, no município de Campinas, com potência de 1.082 KWp e capacidade de gerar 1,6 GWh por ano. Essa energia é suficiente para suprir cerca de 1.300 residências com consumo de 100 KWh/mês cada. A segunda usina fotovoltaica está na Cidade Universitária da USP, na capital paulista.
O Estado também conta com empreendimentos que estão sendo instalados em Dracena e Guaimbê com potência de 270 MWp e da Cesp, em Rosana, com potência de 550 kW. Existem ainda em São Paulo, conectados ao sistema, 111 empreendimentos de micro e mini geração distribuída.