Como seria o Brasil em 2030 se o governo incentivasse a população a ter energia solar em casa? Que tipo de benefícios veríamos na economia? Quais benefícios essa fonte pode trazer ao meio ambiente?
Para mostrar esse país do futuro, que não está tão longe assim, o Greenpeace Brasil lança o estudo Alvorada – Como o incentivo à energia solar fotovoltaica pode transformar o Brasil. No documento, analisamos algumas medidas que facilitariam o acesso a sistemas fotovoltaicos, tanto para residências quanto para estabelecimentos comerciais.
Calculamos o impacto de zerar os tributos que encarecem as placas fotovoltaicas. Sem eles, os preços dos sistemas cairiam até 20%. Avaliamos também o que aconteceria caso o governo liberasse o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para o trabalhador que quer usá-lo na compra de placas solares, como hoje acontece no caso do primeiro imóvel. Nesse cenário, o país poderia ter quase 2 milhões de casas e comércios gerando energia a partir da luz do sol até 2030.
Impulsionar a adesão à energia solar irá trazer vários benefícios econômicos ao país e ao governo, através da arrecadação de impostos e de dinheiro injetado na economia. No caso da liberação do FGTS, em quinze anos, os cofres públicos poderiam receber R$ 2,6 bilhões em forma de impostos. A medida também traria benefícios sociais, já que um mercado de energia solar aquecido vai gerar mais empregos. É possível que, até 2030, mais de um milhão de vagas estejam relacionadas à geração de energia fotovoltaica.
“Todas as medidas levantadas no estudo são factíveis e de responsabilidade dos governos municipais, estaduais e federal. Está nas mãos do poder público permitir que os sistemas de energia fotovoltaica se tornem mais atrativos para a população e esse estudo mostra quais as melhores saídas para isso”, diz Bárbara Rubim, da Campanha de Clima e Energia do Greenpeace Brasil.
Esses incentivos também teriam impactos positivos em questões ambientais. Se mais pessoas gerarem sua própria eletricidade, evitaremos que toneladas de gases de efeito estufa sejam despejados na atmosfera. Afinal, diminuiríamos a demanda pela energia oferecida pelo governo, boa parte proveniente de grandes usinas térmicas.
No cenário mais otimista levantado pelo estudo, 8 milhões de casas ou comércios contarão com placas fotovoltaicas daqui 15 anos. A adesão à energia solar seria tão grande que teríamos 41,4 mil MWp sendo gerados em telhados. Isso é duas vezes maior que o pretendido para o Complexo Hidrelétrico do Rio Tapajós, na Amazônia, por exemplo. Saiba mais AQUI