Os suinocultores paulistas querem adotar o projeto de tratamento de dejetos desenvolvido pela Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA) como modelo para produção de biofertilizantes e energia. O assunto foi debatido ontem (07/07), em reunião da Câmara Setorial da Carne Suína, realizada na sede da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, na capital paulista.
De acordo com Valdomiro Ferreira Junior, presidente da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS) e da Câmara Setorial de Carne Suína, o modelo piloto desenvolvido pela APTA consegue enfrentar, de uma só vez, dois grandes desafios da suinocultura paulista: aprimorar a já correta destinação de dejetos em granjas de suínos através de sua transformação em biofertilizantes e energia e gerar uma nova fonte de renda para os suinocultores. “Entendemos que o projeto de tratamento de dejetos desenvolvido pela APTA é o modelo ideal para nossa suinocultura. Para isso estamos pedindo o apoio da Secretaria de Agricultura para que o projeto piloto possa ser finalizado e assim adotado pelos suinocultores”, diz.
Presente na reunião, o secretário de Agricultura de São Paulo, Arnaldo Jardim, prometeu total empenho para a conclusão do projeto. Segundo ele, o trabalho do APTA é ,em si, uma mostra da preocupação da Secretaria com a sustentabilidade da suinocultura paulista e com a geração de renda para o produtor. “A questão ambiental tem merecido atenção especial da Secretaria da Agricultura, que inclusive está trabalhando em conjunto com outras pastas como a de Energia”, afirma Jardim. “A Fapesp tem chamadas e editais especiais para projetos de meio ambiente e a suinocultura terá prioridade nesses editais, sobretudo os da área de biogás e energia”, completa.
Para dar andamento ao assunto, a Secretaria de Agricultura criou um Grupo de Trabalho (GT) com representantes de sete entidades, entre elas a APCS, a Companha Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), e a APTA.
A intenção é acelerar a conclusão do modelo piloto da Apta, aferir sua aplicabilidade junto às entidades ambientais do Estado par então construir a norma paulista de tratamento e uso de dejetos de suínos e o modelo de licenciamento ambiental da atividade