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Consumo

Suinocultura brasileira deve crescer mais de 20% nos próximos anos

Campanhas têm contribuído para o aumento do consumo de carne suína no Brasil. Dia 24/07 é comemorado o Dia do Suinocultor

Suinocultura brasileira deve crescer mais de 20% nos próximos anos

A carne suína é a proteína animal mais produzida e consumida do mundo. O Brasil vem expandindo, nos últimos anos, seu consumo interno. Campanhas de marketing, informando sobre a qualidade e as vantagens da carne suína, têm ajudado para o aumento. No próximo domingo (24/07) é comemorado o Dia do Suinocultor e a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e as federações de agricultura e pecuária esperam que os suinocultores sejam lembrados por sua importante contribuição para o desenvolvimento da agropecuária brasileira e para a economia do país.

A suinocultura brasileira deve crescer, nos próximos 10 anos, em torno de 21%, tanto em produção como no consumo interno e ainda nas exportações, conforme informação da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), até atingir 4,3 milhões de toneladas, em 2024. Já a produção brasileira de suínos, em 2015, foi de 3,5 milhões de toneladas. Do total, 85% foram destinadas ao consumo interno e 15% às exportações. Os estados maiores produtores são: Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Mato Grosso, São Paulo e Goiás.

Personalidades

“A suinocultura é uma das atividades do agronegócio que mais emprega no campo. Ou seja, consegue fixar o produtor na área rural, um dos grandes desafios da agropecuária nacional. Isso por si só já é destaque. Além disso, a suinocultura é uma atividade que não ocupa grandes espaços geográficos. Desta forma, além de não competir com outras culturas, permite produção significativa de alimento em pequenas áreas”.
Jacir José Dariva, vice-presidente da Comissão de Suinocultura da
Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP)

Nos primeiros 4 meses de 2016, houve um incremento nas exportações brasileiras de carne suína, com vendas de US$ 113 milhões, aumento de 3,1% em relação ao mesmo período de 2015. E no mês de maio de 2016, as exportações, somente para a China, obtiveram um crescimento de 19 mil por cento, frente a US$ 70,8 mil em maio de 2015. O câmbio mais favorável e a habilitação à exportação de novas plantas frigoríficas brasileiras foram fatores decisivos para o resultado obtido. Desde dezembro, os chineses habilitaram seis novos frigoríficos de carne suína à exportarem ao país. No total, o Brasil possui, hoje, 12 frigoríficos de carne suína aptos à exportação para a China.

A produção interna de carne suína na China sofreu drástica redução na produção, por questões relacionadas à legislação ambiental, aumentando, portanto, a dependência do país no comércio exterior para garantir o abastecimento doméstico. O cenário deve se manter, o que favorecerá o incremento gradativo nas exportações brasileiras de carne suína, em especial.

Segundo o presidente da Comissão Nacional de Aves e Suínos da CNA, Renato Simplício Lopes, graças às campanhas, o maior conhecimento pela população das vantagens da carne suína está contribuindo fortemente para o crescimento do consumo. “Acredita-se que aos poucos a carne suína irá ganhar maior espaço nas preferências do consumidor brasileiro, especialmente, em regiões onde o setor ainda é fragmentado, como no caso das regiões Nordeste e Norte. As campanhas de marketing têm ajudado muito nisso”, afirma.