A melhora nas cotações do preço do quilo do suíno vivo ao longo do mês de maio e o aumento da procura de animais para o abate a partir da semana passada trouxeram novo ânimo aos suinocultores. O mês de abril caracterizou-se por um forte ajuste nos preços do animal vivo e agora parece que a queda foi além do nível de equilíbrio entre oferta e demanda. Apesar da demanda externa ainda não ter reagido de forma consistente e o mercado doméstico não estar em seus melhores dias devido à crise econômica, dois fatores trabalham a favor dos produtores de suínos: a manutenção das altas cotações do mercado do boi, que traz forte estímulo aos consumidores para buscarem alternativas de consumo, e a oferta ainda muito ajustada de suínos para o abate.
No campo da oferta houve incremento no volume de abates em todos os trimestres de 2014, movimento que vai continuar em 2015, no entanto o crescimento tem sido gradual, permitindo uma acomodação do mercado sem muitos sobressaltos. Também é fato que as perdas provocadas pelas altas mortalidades de leitões no final do ano passado e no início de 2015 ajudaram a enxugar o mercado neste momento. Os preços mas estáveis dos grãos em função de boas safras e aumento dos estoques mundiais é outro fator que joga a favor do produtor. Um preço do quilo vivo ao redor de R$ 3,80 no mercado de São Paulo seria suficiente para garantir boa margem aos suinocultores e um preço bastante interessante também aos consumidores.