Para o mês de maio está prevista a realização de cinco turmas do Programa Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (PNDS). Todas para o município de Tapurah, a cerca de 400 quilômetros de Cuiabá. De acordo com o presidente do Sistema FAMATO/SENAR, Rui Prado, a meta deste programa para Mato Grosso, em 2015, é a realização de 40 turmas. “O objetivo é contribuir para o desenvolvimento da suinocultura brasileira. Em Mato Grosso, além deste programa, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR-MT) também oferece diversos treinamentos que capacitam e qualificam profissionais para atuar nesta cadeia produtiva”.
O PNDS tem ainda como objetivo modernizar a comercialização da carne suína e a generalização de boas práticas de produção da cadeia produtiva desde a granja até a mesa do consumidor. Este programa tem contribuído para consolidar a carne suína como um produto saudável e nutritivo, produzido de forma tecnicamente correta, socialmente justa e ambientalmente responsável. O superintendente do SENAR-MT, Tiago Mattosinho, conta que nos dois últimos anos, a instituição atendeu com o PNDS, 899 pessoas em todo o estado. “Em 2013 foram realizadas 45 turmas e no ano passado 32”, ressalta Mattosinho.
Em Mato Grosso, o PNDS é realizado pelo SENAR-MT em parceria com os sindicatos rurais, a Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat) e apoio do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). O projeto é uma idealização da Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS) e está presente em 13 estados brasileiros e no Distrito Federal.
De acordo com Mattosinho, Mato Grosso possui um rebanho suíno de 1,5 milhão de animais, tendo cerca de 135 mil matrizes. O que coloca o estado em quinto lugar no ranking nacional. “É uma cadeia produtiva que gera muitos empregos e está em plena expansão no estado. O papel do SENAR-MT é qualificar e capacitar profissionais para atender a necessidade de mão de obra deste setor. Além dos cursos ofertados pelo PNDS, o SENAR oferece pelo menos 35 outros treinamentos relacionados a este setor”.
O PNDS já qualificou trabalhadores em Diamantino, Tapurah, Campo Verde e, vários outros municípios mato-grossenses. O programa é realizado em seis módulos que envolvem todo o processo. O produtor pode solicitar a qualificação completa, de 104 horas ou dividida em módulos que são: Toda Granja e Reprodução com duração de 24 horas cada módulo, Maternidade (20 horas), Creche (12 horas), Recria e Terminação (8 horas), e ainda Fábrica de Ração (16 horas).
Para o diretor executivo da Acrismat, Custódio Rodrigues, a união de todas estas entidades trabalhando para o desenvolvimento da suinocultura no tem dado bons resultados. Ele conta ainda que a suinocultura já passou por vários estágios em Mato Grosso. E neste início de ano enfrenta um aumento no custo de produção. “Pagamos R$ 2,60 para produzir um quilo de carne e vendemos por R$ 2,40. Isso significa uma fase difícil para os criadores”.
Rodrigues ressalta ainda que a qualificação é primordial para manter a qualidade do produto. “O Estado ainda não tem uma política definida para a suinocultura. No caso da sanidade, somos nós os criadores que nos unimos e estamos nos dedicando ao combate das doenças e no investimento para manter a sanidade do rebanho”.
TREINAMENTOS – Além do PNDS, o SENAR-MT oferece vários outros treinamentos para a cadeia produtiva da suinocultura. Dentre eles um de 40 horas que tem o objetivo de ensinar a criar suínos fazendo uso de um adequado manejo reprodutivo, nutricional e sanitário objetivando uma maior produção e melhor produtividade.
Esse ano já foram realizadas quatros turmas nos municípios de Poconé, Nossa Senhora do Livramento, Cana Brava do Norte e Paranatinga. Os interessados em solicitar os treinamentos devem procurar o Sindicato Rural do seu município.
Notícias Relacionadas
