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Agroindústrias

Abate de suinos bate recorde, de frangos cresce e de bovinos cai 10,7%

O abate de suínos no Brasil manteve-se acelerado no segundo trimestre, com aumento de 5,7%, na comparação com o mesmo período do ano passado.

Abate de suinos bate recorde, de frangos cresce e de bovinos cai 10,7%

O abate de bovinos no Brasil apresentou queda de 10,7% no segundo trimestre, na comparação anual, refletindo ajustes na produção por frigoríficos no período, enquanto os abates de frangos e suínos continuaram a crescer, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados na terça-feira (15).

De abril a junho deste ano, foram abatidos 7,63 milhões de cabeças de gado, número 1,4% menor que o registrado no primeiro trimestre do ano. Dezenas de frigoríficos já foram fechados no país neste ano, com processadoras argumentando baixa disponibilidade de boi gordo para abate e demanda retraída reduzindo atividade nas unidades. As principais quedas no abate ocorreram principalmente em Mato Grosso (-202,95 mil cabeças), Mato Grosso do Sul (-160,73 mil cabeças), Goiás (-131,29 mil cabeças), São Paulo (-130,05 mil cabeças), Minas Gerais (-82,37 mil cabeças) e Paraná (-58,70 mil cabeças). Por outro lado, houve aumento no Pará (+38,80 mil cabeças) e no Rio de Janeiro (+10,07 mil cabeças). O peso acumulado das carcaças no segundo trimestre foi de 1,844 milhão de toneladas, 8,3% menor que o registrado no segundo trimestre de 2014 e 0,4% maior que o do primeiro trimestre.

Abate de suínos é recorde

O abate de suínos no Brasil manteve-se acelerado no segundo trimestre, com aumento de 5,7%, na comparação com o mesmo período do ano passado, a 9,7 milhões de cabeças – um recorde desde que o IBGE iniciou sua pesquisa em 1997. Em relação ao primeiro trimestre deste ano, o abate de suínos cresceu 5,8%. A Região Sul foi responsável por 66,3% do abate nacional de suínos de abril a junho. A região ampliou sua participação no abate nacional em 0,7 ponto percentual entre o segundo trimestre de 2014 e o de 2015, diante do aumento de 6,9% nos abates em Santa Catarina e Paraná. São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo colaboraram para um aumento de 5,5% no número de abates no Sudeste, que manteve o mesmo nível de participação nos abates totais no país, de 19,3%. O peso acumulado das carcaças de suínos cresceu 7,7% ante o segundo trimestre de 2014, para 860,23 mil toneladas.

Peso da carcaça de frango bate recorde histórico

O peso acumulado das carcaças de frango abatidas no segundo trimestre de 2015 alcançaram recorde histórico, a 3,27 milhões de toneladas. Esse número é 7,4% maior que o registrado no mesmo período do ano passado e 3,3% superior ao do primeiro trimestre. Os abates de frango no país continuaram acelerados no segundo trimestre, refletindo o aumento da demanda pelo produto no mercado interno e o crescimento das exportações. O total de cabeças abatidas somou 1,4 bilhão, aumento de 5,5% ante igual período do ano passado e de 1,5% diante do trimestre anterior. O Sul respondeu por 59,4% do abate nacional no segundo trimestre, seguido do Sudeste (20,3%), Centro-Oeste (15%), Nordeste (3,8%) e Norte (1,5%). A participação do Sul no total de abates de frango no território nacional caiu 0,9 ponto percentual, apesar de a região ter registrado um aumento de 4% nas cabeças de frangos abatidas, com destaque para o Paraná. No fim de agosto, o presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), Domingos Martins, disse à CarneTec que esperava aumento de 6% na produção de frango no Paraná diante das fortes demandas externa e interna neste ano.