O aumento no preço da ração e o calor dificultam a vida dos criadores de codorna. Na região de Mogi das Cruzes, em São Paulo, eles são obrigados a gastar mais para manter as aves no ambiente ideal.
O sol brilha forte desde o começo do ano e aumenta as temperaturas nos galpões. A criação de codornas, em Suzano, na Grande São Paulo, já teve perdas por causa do calor. O veterinário Marcos Macoto explica que esse ano a produtividade das aves caiu e os gastos para manter a produção estão altos.
O calorão afeta ainda a qualidade do ovo. Muitos não tem saída porque as cascas não são formadas, não calcificam. Os tamanhos também estão menores.
A temperatura ideal para as aves é entre 18ºC e 22ºC, mais que isso, elas ficam estressadas, comem menos ração e bebem mais água. O resultado é a queda na produtividade.
Com os termômetros registrando até 35ºC na região de Mogi das Cruzes, as codornas sofrem. O criador já fez os cálculos. “A mortalidade aumentou 10% acima do que já é previsto normalmente. A postura abaixou em 12% e as codornas estão debilitadas”, diz Roberto Engbruch.
Os investimentos para driblar o calor não param. Para diminuir as despesas, Roberto prefere comprar os ingredientes da ração separadamente. No sítio, ele mistura a soja e o milho e, com isso, consegue economizar até 35%.