O consumo de gás natural no País subiu 10,9% de janeiro a julho desse ano, de acordo com o levantamento estatístico da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás). Somente em julho, o crescimento foi de 3,3% em relação ao mês anterior. As térmicas continuam operando em carga máxima e, consequentemente, impulsionando o consumo. Em julho, a geração elétrica subiu 4,7%, comparada a junho de 2014. No acumulado até o mês de julho, o aumento foi de 14,3%.
A cogeração a gás apresentou crescimento de 3,78% de janeiro até julho desse ano e 1,26% na comparação com junho de 2014. O setor, que vinha ganhando força até o mês de maio, registrou um aumento moderado nos últimos dois meses.
A utilização industrial apresentou alta de 2,1% no sétimo mês do ano, comparado com o mês anterior, e de 1,44%, no acumulado de janeiro a julho. Segundo a Abegás, apesar do aumento, o desempenho reflete a perda da competitividade industrial no País, principalmente para as indústrias que fazem uso intensivo do gás natural.
“O resultado poderá ser comprometido nos próximos meses do ano, devido a retirada do desconto de 1,57% da Petrobras, no gás natural , desde 1º de agosto”, afirma Augusto Salomon, presidente – executivo da Abegás. Segundo o executivo, é preciso que o governo repense a política energética do País”.
O segmento residencial apresentou queda de 6,9% na comparação de julho com junho de 2014 e de 4,7% no acumulado desde o início do ano. Já o setor comercial teve alta de 1,6% nos sete primeiros meses do ano, mesmo com a redução de 4,1% na avaliação julho/junho 2014.
Apesar de ter apresentado, no total acumulado em 2014, queda de 3,2%, o segmento automotivo vem demonstrando uma breve recuperação e encerrou o sétimo mês do ano com redução de 0,02%, em relação ao mês anterior.
A região Sudeste continua a ser o maior mercado consumidor de gás natural, com volume médio diário de 48,9 milhões de metros cúbicos em julho. O Nordeste vem em seguida, com 15,4 milhões de metros cúbicos. As regiões Sul, Norte e Centro-Oeste consumiram 6,4 milhões de m³/dia, 3,5 milhões de m³/dia e 2,9 milhões de m³/dia, respectivamente.