O Brasil deve produzir 76,4 milhões de toneladas de milho na safra 2014/15, de acordo com estimativa de novembro da INTL FCStone. O número representa uma queda frente ao ciclo 2013/14, mas não sofreu alterações em comparação ao mês anterior.
Para a segunda safra, é esperada uma produção de milho de 45,99 milhões de toneladas. Trata-se de uma queda em comparação ao ciclo anterior de inverno. “Essa redução ocorre principalmente diante das perspectivas para a safra do Centro Oeste, com destaque para o Mato Grosso”, explica a economista Ana Luiza Lodi, do Departamento de Inteligência de Mercado da consultoria.
“Além do contexto de oferta ampla de milho no Brasil, que deve resultar em estoques de passagem elevados da safra 2013/14, o plantio da soja no verão está atrasado no Mato Grosso, o que acaba deixando uma janela apertada para o cultivo da ‘safrinha’ de milho no estado, após a colheita da oleaginosa. Ademais, como os preços não estão tão favoráveis e considerando as incertezas climáticas em relação a um plantio fora da janela ideal, os investimentos devem ser menores, com muitos produtores, por exemplo, comprando sementes mais baratas”, afirma Ana.
Com essa produção de 76,4 milhões de toneladas e considerando um consumo interno de 55,5 milhões de toneladas e um volume exportado de 19 milhões de toneladas, estimam-se estoques finais de 16,35 milhões de toneladas para o ciclo 2014/15, o que resultaria numa relação estoque/uso de 21,9%. Destaca-se que os estoques iniciais foram ajustados para baixo, após a revisão das exportações da safra 2013/14 para 18,5 milhões de toneladas.