Amigos, mais um ano se foi e não podia deixar de aguçar a discussão de um tema que tem sido falado quase que diariamente, em referência a “nós”, os agrotóxicos. São noticiais em jornais, artigos, na televisão, até mesmo em revistas direcionadas para o bem estar pessoal. Imaginem isso! Bem, particularmente tenho minha opinião formada a respeito dos agrotóxicos ou defensivos, como queiram chamar. Por muitos anos tenho estudado e desenvolvido conceitos a respeito desta tecnologia que para muitos é um “câncer”, para outros uma benesse, que tem salvado muitas vidas. Eles ajudam a transformar milho e soja em carne, cana em etanol e açúcar, além de proteger as culturas das inúmeras pragas que temos em um país tropical como o Brasil.
Como dizem aqueles que são a favor ou contra: o “mau necessário”, será mesmo verdade? Será que não estamos novamente julgando erroneamente ao invés de colaborarmos com a agricultura brasileira? Ou queremos transformar o Brasil em uma Europa, com alimentos extremamente salgados, para não dizer com preços elevados! Recentemente, escrevi um artigo sobre os mitos que foram criados, muitos deles por erros dos produtores, dos técnicos, em um passado em que o conhecimento tinha dificuldades de caminhar. No entanto, muito mudou, mesmo com as exigências ambientais e toxicológicas aumentando a cada ano, a indústria e os produtores tem buscado melhorar seus produtos, trazendo o que há de melhor, visando diminuir impactos, proteger seus clientes, entender suas crenças e culturas, mas sempre pensando que temos muita gente para alimentar no planeta e não dá simplesmente para dizer “Excelentíssima Sra. Presidente, por favor tire estas multinacionais do Brasil, estão matando pessoas, contaminando nossos rios, e assim por diante”. Quem diz isso, não conhece que os agrotóxicos. Eles fazem parte do Agro e ajudam a manter a produção, a empregar gente, a sustentar o PIB do Brasil, juntamente com outros fatores do agronegócio.
Imaginem se hoje fosse como muitos querem: defensivos extintos do Brasil! Particularmente acredito que muito de nossos recordes em produções se perderiam. Os preços dos alimentos seriam os mesmos? O Brasil é autossuficiente na produção de alimentos, ainda bem! No entanto, nosso clima é diferente comparado à Europa e aos Estados Unidos. Certamente teríamos grandes perdas. Pergunto: será que ainda seríamos grandes exportadores? Muitos rotulam os produtores que produzem soja, milho, algodão, cana, carne, laranja, tomate, pimentão de poluidores, desmatadores, e, além disso, citam que usam indiscriminadamente os chamados agrotóxicos. Ora, convenhamos, grande parte dos produtores pensa em reduzir custos, porque então aplicar mais produtos?
Campanhas contra agrotóxicos, movimentos extremistas, cartas aos prefeitos e vereadores que venham a aderir à campanha em seus programas de governo, será que essas pessoas gostariam de viver pagando mais caro pelos alimentos, ou termos uma balança comercial do Brasil negativa? E quem ganha um salário mínimo, pode pagar mais caro? A minha dúvida ainda paira: para que serve isso? Para afetar as grandes multinacionais, para dizer que sou um ativista ou para alavancar problemas e nunca sugerir soluções?
Enfim, os mitos persistem e deixam em pânico nossas donas de casa, mamães, familiares, pessoas que não vivem o dia a dia de uma empresa rural. E nós, como profissionais, precisamos esclarecer e colocar os fatos sempre zelando pela ética, visando o bem. Esse é o conceito, mesmo para aqueles que não acreditam, sempre defenderei a verdade a qualquer custo. E não deixem de pensar “como seria a agricultura sem os agrotóxicos?” Que 2013 seja um ano de mais diálogos em favor de um Agro cada vez mais forte e sustentável.
Por José Annes Marinho é Engenheiro Agrônomo, Gerente de Educação da Associação Nacional de Defesa Vegetal – Andef.
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Por esse trabalho de cooperação e a constante busca por melhores técnicas, a ANDEF e suas associadas se encontram em lugar de destaque no meio rural e acadêmico. Seu pioneirismo, sua criatividade, seu ímpeto, possibilitam diversos e excelentes resultados ao empresário rural do Brasil: novas tecnologias, responsabilidade socioambiental, conhecimento, informação, produtos altamente eficazes e, acima de tudo, educação à família rural.
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