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Brasil aposta no milho safrinha e cereal ocupa área 9,9% maior

Indicador da Expedição Safra projeta crescimento de 1,9% na produção mesmo com plantio fora do zoneamento indicado.

Brasil aposta no milho safrinha e cereal ocupa área 9,9% maior

O plantio do milho safrinha fora da janela ideal motivado pelo atraso na colheita da safra de verão, especialmente no Mato Grosso onde a chuva quase não deu trégua em janeiro, não impediu que os produtores apostassem no cereal no ciclo 2012/13. Embalados pelos resultados da última safra que teve produção e exportações recordes, os produtores vão plantar 8,02 milhões de hectares do milho de inverno, o que representa um aumento de 9,9% na comparação com a safra passada quando foram cultivados 7,30 milhões de hectares no Brasil. 

De acordo com estimativas do Agronegócio Gazeta do Povo, cerca de 20% das lavouras do Mato Grosso, Paraná, Mato Grosso do Sul e Goiás estão sendo semeadas fora da época recomendada. Segundo o gerente do Agronegócio Gazeta do Povo e coordenador da Expedição Safra, Giovani Ferreira, o atraso no plantio irá interferir na produtividade do milho safrinha que cai de 5,01 toneladas por hectare para 4,65 toneladas por hectare, uma redução de 7,2%. Mesmo assim, a produção será 1,9% do que na safra passada, passando de 36,59 milhões de toneladas para 37,30 milhões de toneladas. “O clima vai ser fundamental para essa safra. Se tudo correr como o planejado, o Brasil vai colher 700 toneladas de milho a mais nesse inverno”, comenta Ferreira.

Mesmo com a produtividade próxima a média histórica brasileira, o milho safrinha deve superar, pelo segundo ano consecutivo, a produção do milho verão. Nesse ciclo, as diferença entre as duas safras deve ser de 1,5 milhão de toneladas. 

Quanto aos preços, a estimativa é de queda. Porém, Ferreira afirma que tudo irá depender da safra americana de grãos. “O mundo está acompanhando o plantio nos Estados Unidos que será realizado entre abril e maio. A produção americana irá determinar do preço do produto no mercado internacional. O clima por lá ainda está indefinido e não temos como prever como será a safra deles, que é fundamental para o nosso mercado”, explica o coordenador da Expedição Safra.