As exportações brasileiras foram de US$ 19,323 bilhões em março de 2013, com média diária de US$ 966,2 milhões, a maior registrada para o mês na série histórica da balança comercial e que supera o valor de US$ 950 milhões, verificado em março de 2012. As importações mensais ficaram em US$ 19,159 bilhões, com desempenho médio diário de US$ 958 milhões, também recorde e que ultrapassa a quantia de março de 2012 (US$ 859 milhões). Com esses resultados, a balança comercial de março apresentou superávit de US$ 164 milhões.
No trimestre, as exportações acumulam US$ 50,8 bilhões, com média diária de US$ 847,3 milhões. Este valor é inferior 3,1% ao verificado no período equivalente do ano passado (US$ 874,3 milhões). As importações somam US$ 55,989 bilhões no período, com resultado médio diário de US$ 933,2 milhões, o que representou aumento de 11,6% em relação ao valor aferido no primeiro trimestre do ano passado (US$ 835,9 milhões). A balança contabiliza déficit de US$ 5,150 bilhões no trimestre e, no período equivalente do ano passado, havia superávit de US$ 2,419 bilhões.
Em entrevista coletiva para comentar os dados, a secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Tatiana Lacerda Prazeres, reafirmou a previsão de terminar o ano de 2013 com saldo positivo na balança comercial brasileira. Ela também explicou que o superávit em março não estava previsto, pois, em fevereiro, a expectativa era de que a balança tivesse déficit, devido à projeção de maior aumento nas importações de combustíveis e derivados.
O resultado de março foi ainda influenciado pela exportação de uma plataforma para extração de petróleo (US$ 802 milhões), contabilizada com venda ao exterior segundo os procedimentos legais do Regime Aduaneiro Especial de Exportação e de Importação de Bens destinados às atividades de Pesquisa e de Lavra das Jazidas de Petróleo e de Gás Natural (Repetro).
“Esses dois fatores influenciaram o resultado do mês de março. Ainda assim, isolando essas variáveis, podemos concluir que os números estão dentro da estimativa prevista e as exportações brasileiras deverão terminar o ano no mesmo patamar elevado verificado em 2011 e 2012”, examinou a secretária.