Os recentes – e intensos – debates envolvendo os royalties do petróleo não serviram somente para reavaliar a distribuição de dinheiro entre estados e municípios brasileiros. Voltaram à pauta do Congresso Nacional, em Brasília, muitas discussões sobre energias alternativas. Uma ideia que vem chamando a atenção dos parlamentares é a energia geotérmica, obtida a partir do calor proveniente do interior da terra. De acordo com o deputado Rogério Peninha Mendonça (PMDB/SC), que pôs o assunto em pauta na Câmara, a energia geotérmica pode elevar o Brasil a um patamar de destaque em sustentabilidade.
“É um modelo limpo, seguro, barato e renovável”, salientou. Peninha lembrou que outros países, como a França, Japão e Islândia, já fazem uso dessa tecnologia. “Mesmo começando mais tarde, podemos virar referência no mundo. Enquanto os outros precisam descer até 4 mil metros pra encontrar calor suficiente, dados preliminares indicam que, no Brasil, vários pontos podem gerar energia com apenas 300 ou 400 metros de perfuração”, concluiu ele.
Para acelerar os estudos sobre essa possibilidade, o deputado Peninha propôs a criação de uma Frente Parlamentar que fomentará incentivos governamentais a especialistas neste assunto. O objetivo é estimular universidades, empresas e grupos de pesquisa a se debruçarem sobre a nova perspectiva.