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Exportação

Companhias brasileiras investem no Iraque

A importação de carne brasileira pelos países da Liga Árabe foi recorde no primeiro semestre de 2013.

Companhias brasileiras investem no Iraque

A Câmara de Comércio Árabe Brasileira, em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), vai levar empresas brasileiras para participar da 9ª Feira Internacional de Erbil, no Iraque, que ocorre de 23 a 26 de setembro, na região do Curdistão. As inscrições estão abertas e esta é a terceira participação da entidade na mostra.

Entre outros, já está confirmada a participação da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) e de gigantes brasileiros do setor, como Marfrig e JBS, bem como a Cibal, certificadora de produtos halal. A importação de carne brasileira pelos países da Liga Árabe foi recorde no primeiro semestre de 2013, aumentando mais de 10% em relação ao mesmo período do ano anterior e atingindo um total de mais de US$ 2 bilhões.

O evento é multissetorial e oferece oportunidades para empresas nas áreas de alimentos, construção civil, moda (vestuário e calçado), equipamentos médicos e hospitalares, móveis, energia e eletroeletrônicos, entre outras. O pavilhão brasileiro terá 100 metros quadrados e as empresas participantes terão apoio das equipes da Câmara Árabe e da Apex.

Receptividade – “Hoje o Iraque é um dos países mais atrativos e com grande potencial de importação de produtos de diversos setores. O objetivo é realizar uma ação em uma região ainda pouco explorada e muito receptiva em termos de penetração de produtos brasileiros. Notamos hoje que o Iraque é um país de oportunidades para as empresas exportadoras brasileiras”, afirmou o diretor geral da Câmara Árabe, Michel Alaby.

Além das já citadas, participam, ainda, outras empresas como a Fanem, do setor de equipamentos hospitalares. Dona de um case de sucesso na exportação de incubadoras para bebês prematuros aos árabes, a companhia é uma das que já participou anteriormente da mostra.

“O Curdistão atrai um grande número de investidores internacionais devido a sua estabilidade política e social, apresentando um ambiente seguro para visitas e fomentação de investimentos pela Kurdistan Development Corporation. Além disso, tem um mercado consumidor de 5,2 milhões de habitantes”, completou Alaby.

Agenda – Além da exposição na feira, as companhias brasileiras terão uma agenda paralela que incluirá, entre outras atividades, encontros com representantes da Associação de Exportadores e Importadores do Iraque. Para participar da feira, o investimento é de R$ 4 mil e de R$ 2,8 mil para associadas da Câmara Árabe. Esse valor incluiu estande decorado de nove metros quadrados, recepcionista bilíngue e todo suporte das entidades organizadoras.

Também em setembro, de acordo com Alaby, uma delegação do Ministério da Agricultura do Iraque virá ao Brasil para discutir a questão das importações de carne bovina. Em 2012, as exportações do produto ao Iraque renderam US$ 24,7 milhões, um aumento de 18% em relação a 2011. No total, as vendas ao Iraque somaram US$ 288 milhões no ano passado, sendo que a carne de frango foi o principal item da pauta.

No ano passado, a mostra teve 850 expositores de 22 países e 75 mil visitantes de todo o Iraque, segundo a organização. Estavam representados setores como os de engenharia, eletrônicos, construção, energia, móveis, decoração, informática, telecomunicações, educação, moda, bancos, joias e artesanato, entre outros.

O comércio do Brasil com o Iraque foi forte durante os anos 1980. O fluxo de mercadorias voltou a crescer com força no final da década passada e chegou a US$ 1,3 bilhão em 2011, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). No ano passado, as transações bilaterais somaram US$ 1,25 bilhão.