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Brasil tende a manter liderança nas exportações de soja

Novo número representa uma retração de 1,5%. Em relação ao cálculo para a colheita em 2012/13, há incremento de 5,3%.

Brasil tende a manter liderança nas exportações de soja

A produção mundial de soja em grão tende a somar 281,72 milhões de toneladas na safra 2013/14, conforme estimativas recém-divulgadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Em relação ao levantamento divulgado pelo órgão americano em julho, o novo número representa uma retração de 1,5%. Em relação ao cálculo para a colheita em 2012/13, há incremento de 5,3%.

Esse aumento deriva sobretudo da recuperação da produção dos EUA depois da severa estiagem que prejudicou a safra 2012/13 no país. Mas a retomada será menor que a esperada até agora. Conforme o USDA, a colheita americana, que começará a ganhar ritmo nas próximas semanas, atingirá 88,6 milhões de toneladas, 4,8% a menos que o projetado em julho. Sobre o resultado da temporada anterior, o aumento ainda é de 8%.

Mesmo com a redução da estimativa, os EUA deverão manter a liderança da produção global em 2013/14, já que o USDA manteve sua estimativa para a colheita do grão no Brasil em 85 milhões de toneladas. No país, o período de plantio terá início em meados de setembro. Em 2012/13, houve um “empate técnico” pela ponta do ranking. Com os ajustes que efetuou até agora, o USDA calcula a produção dos EUA na temporada em 82,06 milhões de toneladas e a do Brasil em 82 milhões.

Nas exportações, entretanto, a ordem se inverte e a liderança continua nas mãos do Brasil. O USDA passou a estimar os embarques brasileiros em 41,5 milhões de toneladas em 2013/14, ante 39,2 milhões em 2012/13, e os dos EUA em 37,69 milhões de toneladas, ante as 35,79 milhões do ciclo anterior.

A principal concorrência entre os principais exportadores continua sendo pelo mercado da China, principal país importador de soja em grão do planeta. O USDA manteve as compras chinesas do grão no exterior em 69 milhões de toneladas em 2013/14, 10 milhões a mais que em 2012/13. Em parte, o salto decorre da estratégia de formação de estoques de Pequim, que tende a aproveitar a atual tendência de queda das cotações internacionais, por conta da recomposição da oferta global, para reforçar as reservas.

Nesse contexto, o USDA passou a calcular os estoques finais mundiais de soja em 2013/14 em 72,27 milhões de toneladas – 2,5% menos que o projetado em julho, mas 16,2% acima do patamar de 2012/13. Na bolsa de Chicago, os contratos com vencimento em setembro fecharam a US$ 12,5650 por bushel, em alta de 38 centavos de dólar.

No caso do trigo, os números do USDA foram considerados menos “altistas” pelos traders e os papéis com vencimento em dezembro subiram 1,75 centavo de dólar e fecharam a US$ 6,49 por bushel em Chicago. O órgão americano previu que a produção mundial deverá somar 705,38 milhões de toneladas em 2013/14, 1,1% mais que o projetado em julho e volume 13,4% superior ao registrado em 2012/13.