O Brasil deverá colher uma nova safra recorde de grãos e oleaginosas na temporada 2013/14, de cerca de 190 milhões de toneladas, de acordo com avaliação preliminar de diretores do Ministério da Agricultura.
Esse volume poderia superar em 3 milhões de toneladas a safra 2012/13, a maior produção do país até hoje, oficialmente estimada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em 187 milhões de toneladas, com a soja e o milho novamente puxando o crescimento da colheita.
“A nossa expectativa é boa para os dois produtos”, afirmaram ao chat Trading Brazil na quarta-feira (02) os diretores do Ministério da Agricultura Wilson Vaz (Departamento de Economia Agrícola) e Edilson Guimarães (Departamento de Comercialização e Abastecimento Agrícola e Pecuário).
Na safra passada (2012/13), a produção de soja e milho respondeu por 87 por cento da safra total de grãos e oleaginosas do Brasil, com a colheita de soja estimada em 81,45 milhões de toneladas e a de milho em 81,34 milhões de toneladas.
A safra 12/13 cresceu 12,6 por cento ante 11/12, com o impulso desses dos produtos, principalmente.
A Conab divulga no próximo dia 9 a sua primeira estimativa para a safra 13/14 do Brasil, que poderá superar os Estados Unidos como o maior produtor de soja e ampliar a liderança nas exportações globais, segundo o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).
Os diretores não deram mais detalhes sobre a expectativa da safra 13/14, cujo plantio está começando, com colheita prevista para o início de 2014. A avaliação considera condições climáticas normais.
Eles afirmaram ainda que o governo deverá atuar fortemente em 2014 para melhorar a infraestrutura de armazenagem brasileira, com o objetivo de reduzir os problemas logísticos.
“O grande esforço do governo é a ampliação da armazenagem pelo setor privado com a destinação de 25 bilhões de reais para financiamento nos próximos cinco anos (5 bilhões de reais por ano)”, disseram os diretores ao chat.
Eles lembraram ainda que o setor de armazenagem pública será contemplado com 500 milhões de reais para a Conab construir nove armazéns em zonas de consumo de produtos alimentares, além da reforma de 87 armazéns. “Já estão sendo feitos os estudos voltados para este investimento de 500 milhões de reais, deverão acontecer no próximo ano”.