De acordo com os dados divulgados hoje (10/10) pela Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), a Rússia segue como o principal destino da carne suína brasileira em 2013, com participação de 26,87%. No ano, as vendas para o mercado russo somaram 104.591 t e US$ 311,08 milhões, o que representa um aumento de 6,04% em volume e 10,38% em valor. Tal liderança deve ser mantida até o final do ano, apontam as previsões da entidade.
Os números são positivos para o Brasil, que tem plena consciência de que o mercado russo é bastante exigente. Uma prova disso são as inúmeras restrições que o país impõe à carne suína brasileira. Na semana passada, por exemplo, a Rússia suspendeu as compras de produtos de 10 frigoríficos brasileiros. Foram constatados “descumprimentos generalizados e alguns particulares” de normas sanitárias e inspeções revelaram a presença de ractopamina (uma substância para estimular o crescimento muscular dos animais proibida na Rússia) na carne de porco à venda no Brasil. Tal restrição, de acordo com o presidente da Abipecs, Rui Vargas, já foi solucionada. Mas até quando? Porque este mercado tão imprevisível ainda é tão valorizado pelo agro brasileiro?
A resposta é simples, na opinião de Vargas. Apesar do Brasil sempre almejar a abertura de novos mercados para a carne suína, existe um fator crucial para manter os russos sempre na pauta das negociações: o preço. “A Rússia paga bem pelo produto brasileira. E quem paga bem, exige mais”.
Atualmente Brasil é o segundo maior exportador de carne de porco e aves para a Rússia. No ano passado, as empresas brasileiras forneceram 124,4 mil toneladas destes produtos no valor de quase US$ 400 milhões.