A Agência Nacional do Petróleo (ANP) avalia, com “grande possibilidade”, não recomendar um novo leilão de blocos exploratórios de petróleo em 2014, afirmou a diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Magda Chambriard, nesta quinta-feira. “Eu não estou muito preocupada com a anualidade do evento, estou mais preocupada em ter boas áreas para licitar”, afirmou.
Magda explicou que a agência vai trabalhar para reunir informações sobre as bacias no próximo ano e, se houver material suficiente, poderá haver uma rodada.
A diretora-geral também destacou que uma área como Libra não vai entrar em leilão no próximo ano. “Uma área como essa, com 8 bi a 12 bi de barris, é uma área tão grande, tão grande, que é muita coisa para ser colocada no mercado. Então, hoje, eu pessoalmente e a Agência Nacional do Petróleo não recomendamos uma área gigante por ano. Isso não faz sentido”, afirmou a diretora-geral.
O motivo para uma área como essa não ir a leilão seria, segundo Magda, “por causa do investimento, do porte do negócio, de toda mobilização de recursos financeiros, humanos, de bens e serviços disponíveis no mundo”. “Uma coisa dessa é realmente muito grande, e colocar uma coisa dessa todo ano mais tumultuaria do que seria benéfico”, afirmou.
Leilão de Libra – Magda afirmou ainda que não existe nenhuma possibilidade do leilão de Libra ser adiado, mesmo que os protestos contra a concorrência se avolumem. Segundo a diretora da ANP, ações judiciais contra o leilão também são esperadas na mesma proporção que as realizadas contra as outras rodadas.
Para Magda, o governo e a agência estão preparados contra ações judiciais. “Ainda existe um grupo no Brasil, que eu considero que hoje já é pequeno, que ainda tem, vamos dizer assim, um desejo monopolista”, afirmou. “Eu não vou dizer se isso é bom ou se isso é ruim, mas vou dizer que não é a lei do país e a Agência Nacional do Petróleo tem que seguir a lei do país”, acrescentou.
De acordo com ela, toda essa discussão é fruto de um processo democrático que o país vive.