Os frigoríficos de aves trabalham para reduzir o risco de contaminação da carne no abate. As empresas brasileiras estão comprando ou adaptando equipamentos para começar a lavar as carcaças das aves, procedimento que remove eventuais conteúdos gastrointestinais antes da etapa do pré-resfriamento. A lavagem é alternativa à retirada, por meio de corte de faca, dessas partes da carcaça das aves.
A resolução do Ministério da Agricultura (Mapa), em vigor desde novembro de 2011, foi formulada a partir de trabalhos do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa), o que incluiu testes-pilotos aprovados em unidades de abate. O processo também contou com estudos para avaliação do impacto dessa prática na segurança do produto para o consumidor e equivalência com a legislação sanitária dos países importadores. Na Europa, o processo é usual.
Para utilizar o sistema, os estabelecimentos devem revalidar o Plano de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle. O emprego da lavagem não deve comprometer a exatidão da inspeção post mortem. Também não pode ser compensatório à execução indevida dos Procedimentos Sanitários Operacionais realizados por colaboradores, ou maquinário que propicie a ocorrência da contaminação por conteúdo gastrointestinal.
A análise e a verificação leva em conta todos os aspectos estabelecidos pelos Serviços de Inspeção Federal (SIF) que inspecionam e fiscalizam de forma permanente os matadouros-frigoríficos de aves em todo o território nacional.