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Lavagem de carcaça de frango ganha força no RS

Frigoríficos investem em sistemas para reduzir contaminação da carne de frango e garantir maior segurança ao mercado.

Lavagem de carcaça de frango ganha força no RS

Os frigoríficos de aves trabalham para reduzir o risco de contaminação da carne no abate. As empresas brasileiras estão comprando ou adaptando equipamentos para começar a lavar as carcaças das aves, procedimento que remove eventuais conteúdos gastrointestinais antes da etapa do pré-resfriamento. A lavagem é alternativa à retirada, por meio de corte de faca, dessas partes da carcaça das aves.

O procedimento reduz o número de funcionários na revisão de carcaças, os riscos de falhas humanas na identificação de contaminações visíveis e a manipulação no processo de abate. Com o processo mecânico, as vísceras se rompem, sujando a carcaça, o que obriga o recorte de 2% da produção nacional de frango. De acordo com o diretor técnico da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), Ariel Mendes, além de inflar custos, o recorte deprecia a carcaça de frango vendida inteira para mercados como o do Oriente Médio. Mendes acredita que, até o final deste ano, a maioria das empresas terá adotado o novo processo.
A resolução do Ministério da Agricultura (Mapa), em vigor desde novembro de 2011, foi formulada a partir de trabalhos do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa), o que incluiu testes-pilotos aprovados em unidades de abate. O processo também contou com estudos para avaliação do impacto dessa prática na segurança do produto para o consumidor e equivalência com a legislação sanitária dos países importadores. Na Europa, o processo é usual.
Para utilizar o sistema, os estabelecimentos devem revalidar o Plano de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle. O emprego da lavagem não deve comprometer a exatidão da inspeção post mortem. Também não pode ser compensatório à execução indevida dos Procedimentos Sanitários Operacionais realizados por colaboradores, ou maquinário que propicie a ocorrência da contaminação por conteúdo gastrointestinal.
A análise e a verificação leva em conta todos os aspectos estabelecidos pelos Serviços de Inspeção Federal (SIF) que inspecionam e fiscalizam de forma permanente os matadouros-frigoríficos de aves em todo o território nacional.