O novo mercado, até então inexistente no Brasil, pode ser menos interessante do que o de genéricos humanos devido às diferenças dos custos dos testes, segundo a Alanac (Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Nacionais).
A exigência de testes de resíduo, obrigatórios para os genéricos que serão usados em animais destinados ao consumo, onera o processo.
“Precisamos ter certeza da eficácia e da segurança da carne nos bovinos. Para aves, também temos de saber dos ovos e, no caso dos animais de leite, também”, diz Maria Angélica Ribeiro de Oliveira, do Ministério da Agricultura.
“O advento do genérico tem de trazer um atrativo para o empresário e ser uma boa oportunidade com redução no custo de produção e registro. Nos humanos, os estudos de bioequivalência, que substituem os clínicos, são mais baratos. Mas, nos animais, há pouca diferença”, diz Henrique Tada, diretor técnico-executivo da Alanac.
Outra preocupação é o tempo de espera. “O ministério tem poucos funcionários para atender os pedidos de análise de registro. Se os empresários considerarem que há oportunidade e quiserem registrar muitos remédios, a roda não vai girar”, diz Tada.
O órgão, porém, tem previsão de contratar mais pessoal, segundo Oliveira.