As exportações brasileiras de suíno e autopeças à Argentina já dão sinais de que o governo do país vizinho começa a flexibilizar as restrições para entrada de produtos.
As duas mercadorias estão entre os produtos brasileiros cujas exportações para a Argentina subiram depois das negociações com o país, de acordo com dados do Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Brasil).
“Licenças de importação que estavam sob análise do governo argentino foram liberadas e a flexibilização de exigências também beneficiou outros setores, como o de calçados”, diz a a secretária de Comércio Exterior do ministério, Tatiana Prazeres.
No caso dos suínos, os embarques, que quase haviam sido interrompidos, passaram de US$ 1,5 milhão em junho para US$ 8 milhões em julho –alta de 422,5%.
De janeiro a julho deste ano, porém, o total de exportações teve queda de 17,2%, ressalta a secretária. A situação começou a melhorar um pouco no mês passado.
“Em julho, o comércio como um todo começou a se intensificar. Os setores de suínos e de autopeças eram dois segmentos que reclamavam muito de dificuldades para exportar para a Argentina, mas houve melhora na relação bilateral.”
Além de sofrer com as barreiras comerciais, as exportações brasileiras ressentem também com a crise, que reduziu o apetite para compras, segundo Prazeres.
No acumulado deste ano, até julho, as vendas ao país registraram US$ 10 bilhões, enquanto as importações somaram US$ 8,7 bilhões.