Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Insumos

Soja em destaque

Preços da soja têm dia de queda na bolsa de Chicago, nos Estados Unidos, mas seca argentina preocupa.

Soja em destaque

Realizações de lucro aliadas à redução da exposição de investidores ao risco antes da divulgação do novo relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) sobre oferta e demanda de grãos naquele país e no mundo nesta temporada 2010/11 determinaram a queda dos preços da soja ontem na bolsa de Chicago, principal referência global para a cotação da oleaginosa.

Os contratos com vencimento em março, que ocupam a segunda posição de entrega na bolsa (normalmente a de maior liquidez), encerraram a sessão negociados a US$ 13,57 por bushel (medida equivalente a 27,2 quilos), em queda de 23,50 centavos de dólar (1,7%) em relação à véspera. Com isso, a baixa acumulada dos papéis chegou a 3,28% em janeiro, mas cálculos do Valor Data mostram que a valorização nos últimos 12 meses ainda é de 34,29%.

Principalmente nos últimos dois meses, o elevado patamar de preços tem sido sustentado pelas perspectivas de redução da oferta provocadas pelo fenômeno climático La Niña, que quando se faz presente normalmente reduz o volume de chuvas no sul do Hemisfério Sul nesta época do ano.

Ainda que tenha obrigado os produtores de Mato Grosso a adiarem o início do plantio, o La Niña tem sido moderado no Brasil. Tanto que as previsões para a safra de soja do país não preveem tombos em relação ao ciclo 2009/10. Mas a produtividade em geral será menor, até porque na temporada o clima esteve próximo da perfeição. Ontem, a publicação alemã “Oil World” elevou sua estimativa para a colheita de soja no Brasil em 2010/11 para 67,5 milhões de toneladas, segundo a agência Reuters. No novo relatório de hoje do USDA, é esperada uma correção.

Na Argentina, como já informou o Valor, a situação é mais complicada, e esse fator voltou a motivar a valorização do grão em Chicago na parte inicial do pregão de ontem. Em novembro, o governo do país estimava produção de 52 milhões de toneladas, mas atualmente o mercado prevê entre 43 milhões e 48 milhões.