Inseridos no projeto do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf) de licenciamento das atividades rurais, por meio da construção conjunta dos Termos de Compromisso, 50 empreendedores de Marechal Floriano receberam a licença ambiental de suas aviculturas.
Para o Coordenador da Comissão de Licenciamento Ambiental do Idaf, Frederico Lopes Raposo Filho, o objetivo do trabalho de regularização da atividade é sensibilizar os produtores quanto à importância do licenciamento. Frederico destaca que neste trabalho foi priorizado o viés educativo. A ação foi desenvolvida ao longo dos últimos cinco meses por meio de reuniões, dias de campo e orientações aos avicultores quanto aos controles ambientais necessários. Além disso, foram promovidas capacitações junto ao corpo técnico do município para a assistência aos produtores.
Nas licenças emitidas em Marechal Floriano constam as diretrizes ambientais – como o manejo adequado do esterco, a destinação das aves mortas, o tratamento dos efluentes domésticos e o controle das águas pluviais – e os prazos para a realização dos ajustes. A expectativa é o licenciamento de outras 40 propriedades até o final do mês de fevereiro.
De acordo com o coordenador, o maior beneficiado com o licenciamento ambiental é o avicultor, que irá melhorar sua qualidade de vida, além de proporcionar benefícios ambientais para sua propriedade e à comunidade do entorno. “A regularização ambiental é um elo de sustentabilidade e com ela a avicultura no Estado será referência nacional de uma cadeia produtiva estruturada e responsável”.
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Avicultura Capixaba
Atualmente, segundo informações da Associação de Avicultores do Estado do Espírito Santo (Aves), é forte a representatividade do setor avícola capixaba no cenário nacional. A avicultura de postura, por exemplo, correspondeu em 2010 a aproximadamente 15% da produção nacional com 134 empresas, sendo o município de Santa Maria de Jetibá o segundo município do país em volume de ovos produzidos.
A média mensal de produção em 2010 foi de 450.713 caixas de ovos com 30 dúzias cada. Além disso, foram comercializados mensalmente 4.018.000 cabeças e abatidos 2.454 toneladas. A maior parte da produção de ovos foi voltada ao mercado interno, com 54,99%. Em seguida, os principais compradores foram os estados do Rio de Janeiro, com 31,18%, seguido de Minas Gerais e Bahia.
No Espírito Santo há cinco abatedouros com Serviços de Inspeção Estadual e Federal, sendo que dois deles estão autorizados a exportar, já tendo sido enviados produtos a países asiáticos, árabes e europeus. Ainda de acordo com dados da Aves, a estimativa de crescimento para o setor nos próximos cinco anos é de 100% na produção de frango de corte e 30% de ovos.
