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Radiação

Brasil fiscaliza alimento japonês

Produtos importados do Japão só serão liberados no Brasil após análise sugerida pela Cnen, Anvisa, Mapa e Ministério da Saúde.

Brasil fiscaliza alimento japonês

Os alimentos importados do Japão passarão por análise para verificar se estão contaminados por radiação. A medida foi acertada nessa quarta, dia 30, por representantes da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e dos ministérios da Agricultura e da Saúde. O objetivo é evitar a entrada de produtos contaminados no Brasil, após o vazamento de material radioativo em consequência do terremoto seguido de tsunami no dia 11 de março.

Os fiscais da Anvisa vão coletar amostras dos alimentos e enviá-las aos laboratórios que integram a rede da comissão nuclear, localizados no Rio de Janeiro e em São Paulo. A carga ficará retida nos portos e aeroportos e liberada somente depois do aval da comissão. Não foi estipulado prazo para o resultado da análise laboratorial. Segundo a gerente de Alimentos da Anvisa, Denise Resende, a avaliação deve ser rápida.

Outra medida prevê que os produtos alimentícios de 12 províncias próximas à Usina Nuclear de Fukushima Daiichi, onde ocorreu o vazamento de material radioativo, deverão vir com um certificado comprovando exame e liberação por parte da autoridade sanitária japonesa.

Denise Resende afirmou que a chance de um alimento contaminado por radiação chegar ao Brasil é baixa. Segundo ela, o país compra poucos alimentos de origem japonesa. A maioria é formada de massas para a fabricação de produtos de padaria, pastelaria e biscoitos.

A gerente informou ainda que a última importação a chegar ao Brasil, de massa alimentícia para padaria e pastelaria, tem data anterior ao dia 11, quando ocorreu o terremoto. A Anvisa vai reforçar também a fiscalização nas bagagens de passageiros vindos do Japão para evitar a entrada de alimentos. As medidas definidas pelo governo federal para o monitoramento deverão ser divulgadas nessa quinta, dia 31.

Na última segunda, dia 28, o Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários divulgou nota em que reclama da falta de orientação e de procedimentos para fiscalizar navios e produtos vindos do Japão que desembarcam no Porto de Santos. A preocupação da categoria é porque os próximos carregamentos devem chegar por volta do dia 11 de abril e, de acordo com a entidade, os trabalhadores não dispõem de aparelhos para medir o nível de radiação das cargas.