Na semana passada nós vimos os preços do milho em maio perto de US$7,54 o bushel, enquanto nos último 10 dias vimos o valor do suíno vivo cair US$ por libra, atingindo 95,225 centavos na última sexta-feira (29/04), com margem de US$ 15,00 por cabeça. É uma queda desagradável. A média de 53% a 54% do suíno vivo dos Estados Unidos foi de US$ 95,15 enquanto o valor dos cortes da carcaça, segundo o USDA, foi de US$ 93,31 por libra. Os processadores de carne trabalham para receber “nada” ou ter prejuízo. Vai ser difícil os preços do suíno vivo subirem se os preços dos cortes da carcaça não subirem também. Frigoríficos trabalharão por nada (eles estão quase como nós, granjeiros) mas nós duvidamos que eles enfrentarão muito tempo de preços do suíno vivo maiores que o da carcaça.
Há um tempo atrás, os frigoríficos estavam ganhando mais de US$ 30 por cabeça. Agora eles estão perdendo dinheiro. É a velha lei da oferta de da demanda. Quando os frigoríficos estavam ganhando US$ 30 por cabeça, havia cerca de 2,3 milhões de suínos por semana, agora são 2 milhões por semana. Com suínos a menos no mercado, os frigoríficos estão aumentando seus pedidos.
Um fator que poderia estar ajudar as margens dos frigorífico são as vendas de exportação. Nós verificamos que elas não estão no cálculo do USDA. Com cerca de 25% da carne suína dos EUA sendo exportados, acreditamos que as margens de exportação estão melhores do as nacionais e isso está ajudando os frigoríficos, permitindo a eles uma “melhor imagem da sua situação financeira”.
O plantio de milho é lento. O tempo chuvoso atrasou a semeadura de milho aumentando os preços em US$ 4,00 por bushel com comparação com um ano atrás. Com a relação suíno/custo do milho em 12,5 para 1, registramos um pequeno potencial de lucro para os produtores que compram alimentos para animais. Para os produtores que cultivam seu grão, a situação nunca esteve muito melhor.
Na semana passada, a Cargill anunciou a compra da planta suinícola desativada de Dalhart Texas da Smithfield Foods por US$ 32 milhões. O local tem capacidade para 35 mil matrizes. Nós achamos isso interessante, pois é um passo importante para um primeiro aumento de plantel nos EUA nos últimos três anos. A Cargill, como uma das maiores empresas do mundo de propriedade privada, está mostrando para nós que é possível ter otimismo com o futuro da indústria de carne suína dos EUA. A Cargill está presente em todo o mundo. A empresa mostrou-se adepta de investimentos em qualquer lugar ou setor. A decisão da Cargill em investir em Dalhart e na América nos faz creer que, como uma empresa muito inteligente, eles enxergam um futuro na indústria de suínos dos EUA, e como um dos grandes comerciantes globais de grãos, eles tên um futuro sólido para a produção de proteínas da carne de forma competitiva, apesar dos preços dos insumos.
Inventário Suíno Canadense
Estatísticas divulgadas no dia 01/04.
Canadá (em milhares de cabeças)
YEAR |
BREEDING HERD |
BOARS 6 MONTHS AND OVER |
ALL OTHER HOGS |
2005 |
1628 |
36.3 |
13,442 |
2010 |
1313 |
19.9 |
10,336 |
2011 |
1308 |
16.9 |
10,501 |
Como a tabela ilustra, o plantel de reprodutores e de suínos são basicamente os mesmos de um ano atrás. Estamos pisando na água após a queda – óbvia – enorme na capacidade de produção, próxima de 20%, nos últimos cinco anos. Você também pode ver a evolução da Inseminação Artificial na produção, representando metade no plantel na comparação com 2005. Nós vemos poucas coisas no Canadá que poderiam incentivar a expansão do rebanho de cria, com os altos preços da ração e alta do dólar canadense – 5% maior do que o dólar dos EUA. É preciso capital e coragem para expandir e vemos pouco disto no Canadá atualmente.
Atualmente, o plantel do leste do Canadá (Ontario – Quebec) tem 740 mil animais reprodutores (Em 2005 – 898mil), enquanto o oeste do Canadá (Manitoba, Saskatchewan, Alberta) tem 567 mil animais (Em 2005 – 737 mil). Houve um tempo acreditavam que o oeste ultrapassaria o leste na produção de suínos devido a produção abundante de grãos e terras disponíveis. Isso não aconteceu e parece que nunca acontecerá, provavelmente.
Grã-Bretanha
Na semana passada, li um relatório sobre a indústria de carne suína britânica publicado pela British Pig Executive dizendo que o produtor está perdendo em torno de US$ 29,96 por libra em cada suíno terminado enviado ao mercado. Espera-se uma recuperação pequena das margens de lucro para breve, com o custo de produção estimado em US$ 2,66 por quilo da carcaça. Isso é um ponto de equilíbrio de aproximadamente US$ 1,20 por libra de suíno. O abate de matrizes na Grã-Bretanha está 15% maior do que há um ano atrás. O alto preços da ração devem continuar a desafiar os produtores de suínos de todo o mundo e nós esperamos redução ainda maior na oferta global de carne suína.
EUA-Canadá
Estados Unidos e Canadá são essencialmente ligados em um mercado continental. Na semana passada, os dados do inventários dos dois países no primeiro trimestre foram (em milhares de cabeças):
|
2010 |
2011 |
2011 AS PERCENTAGE OF 2010 |
KEPT FOR BREEDING |
7074 |
7096 |
100 |
MARKET |
68144 |
68678 |
101 |
PIG CROP |
34841 |
35119 |
101 |
São 27.000 mais reprodutores e cerca de 500.000 suínos a mais lançados no mercado ano após ano, ou cerca de 20.000 suínos por semana. Não há quase nenhuma mudança. Nada nestas estatísticas indicam expansão, indicam apenas ganhos na produtividade. Com uma população cada vez mais continental e um forte demanda de exportação de carne suína, nós esperamos ver os preços do suínoem US$ 1,00 por libra até o verão de 2011 (inverno no Brasil) e preços forte durante o verão de 2012.
Tradução: Gessulli Agribusiness