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Entidades

Aniversário da ACCS

O dia 24 de julho é marcado em SC. Trata-se do aniversário da ACCS e do Dia Estadual do Suinocultor. Entidade comemora recuperação no valor do suíno.

Aniversário da ACCS

A Associação Catarinense de Criadores de Suínos – ACCS comera no dia 24 de julho, 52 anos de história. Não tem como não olhar o passado, lembrar de todas as lutas, de tantos que deram a sua vida através de seu conhecimento, para fazer o trabalho de melhoria genética, finalidade da qual nasceu esta tão importante Entidade. Ao comemorar seus 52 anos, comemora-se também o dia do SUINOCULTOR, uma classe de gente humilde, trabalhadora, guerreira, com punhos aço, que a cada amanhecer sabe que terá novos desafios para poder se manter vivo nesta tão importante atividade para o estado e país.

As injustiças praticadas contra o setor são enormes, a desigualdade social de relação de trabalho entre empregado e trabalhador rural é enorme. Não temos direitos, só deveres. Deveres de proteger o meio ambiente e pagar caro por isso, deveres de produzir carne sem ter lucro e pagar altos impostos, deveres de cumprir contratos e de não termos uma única chance de discutir uma cláusula sequer, deveres de manter uma propriedade com status de bem-estar animal, quando muitas vezes não temos o bem-estar humano. Entre tantos outros deveres, temos que ter aquecedores para os leitões na maternidade e creche e não temos um ar condicionado dentro de nossa casa, não temos condições de dar uma qualidade de vida para a nossa família.

Temos alguns direitos como: na averbação da reserva legal o governo federal pagaria por isso, no Código Ambiental Catarinense, diz que a cada hectare preservado, o produtor receberá o valor de 30 sacos de milho, porém desconheço alguém que tenha recebido algo em relação a isso. Quando que nossa classe será respeitada? Trabalhamos no mínimo 10 horas diárias, sem férias, planos de saúde, décimo terceiro, vale alimentação, feriados e tantos outros benefícios. Além de não ganhar nada para produzir como tem sido nos últimos anos, pagamos para produzir, só este ano o prejuízo acumulado por suíno vendido é de R$ 47,00 por animal. Produzir alimentos não é tarefa pra qualquer um, e quando este alimento é carne é muito mais difícil, tem que ser muito qualificado para trabalhar com animais vivos, principalmente para produzir carne suína, de excelente qualidade e a mais consumida no mundo. Se não houver uma mudança urgente na política para o setor produtivo do agronegócio, em especial nos contratos de integração, esta classe que conta com a idade média na atividade de 57 anos, muito breve vai desaparecer. Com isso, desaparecerão da história estes bravos guerreiros que há décadas passadas acreditaram num potencial de um povo, que com seus ideais ergueram complexos industriais que só Santa Catarina tem, acreditando no pequeno produtor, o qual hoje não é mais valorizado.

Nesse país fala-se muito em futuro, mas não se valoriza o presente e só somos felizes ao lembrar de um passado muito distante, onde se ganhava muito dinheiro na atividade. A esta brava gente, Suinocultores de tradição e de coração nosso muito obrigado, obrigado por fazer desta terra Catarinense, com apenas 1,3% do território Nacional, um exemplo para o mundo na área de produção de carne suína. Obrigado por ainda acreditarem na atividade, apesar de tantas desigualdades sofridas, obrigado por além de produzir carne de excelência, protegem como ninguém o Meio Ambiente, só por isso mereceriam medalhas honrosas. Acreditem, participem, façam a diferença como sempre fizeram.

PARABÉNS ACCS AOS SEUS 52 ANOS DE HISTÓRIA e PARABÉNS A TODOS OS SUINOCULTORES PELA PASSAGEM DO SEU DIA.

Fatores de mercado começam a influenciar no preço do suíno

Notícias positivas norteiam o mercado da carne suína catarinense nesta semana. A ACCS comemora as medidas adotadas pelo governo que foram reivindicadas pela entidade. Liberação de crédito e renegociação de dívidas dos suinocultores, expectativa de abertura de novos mercados para a exportação e elevação do preço pago ao produtor. “ O produtor começa a sentir os reflexos positivos do mercado, mas ainda esta longo de pagar as dívidas”, afirma o presidente da ACCS, Losivanio de Lorenzi.

O mercado da suinocultura, por enfrentar altos e baixos com freqüência, não oferece segurança ao produtor. Segundo a ACCS, desde o início do ano, os suinocultores registram prejuízo médio de 47 reais por animal comercializado. Motivo suficiente para endividar qualquer trabalhador. “A liberação para linhas de crédito e para a renegociação de dívidas foi feita, mas agora são duas contas para o produtor, a da crise e a próxima, para refazer o plantel”, afirma o presidente.

Na expectativa da recuperação, a procura pela carne suína começa a ser sentida pelo mercado catarinense. Apesar da segurança de rendimento estar focada principalmente no mercado interno, as notícias do mercado externo também influenciam nos valores praticados.

Para a Abipecs – Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína é importante ter cautela. Mas a expectativa de comercialização de carne suína para países como o Japão e a Coréia do Sul são as melhores. Equipes de técnicos do Japão virão ao estado catarinense na última semana de agosto. Sobre a Coréia, uma comitiva esteve em Santa Catarina em Abril de 2010. Acreditando na abertura, mas sem colocar todas as fichas nisso, outras iniciativas buscam a estabilidade do mercado suinícola. “Não queremos mais crises, por isso estamos trabalhando em outras alternativas com efeitos a longo prazo”, explica Lorenzi.