Mesmo com a queda na devastação, divulgada nesta terça, dia 13, pelo Ministério do Meio Ambiente, o Cerrado precisa de alternativas de exploração sustentável. O segundo bioma mais importante do país pode desaparecer até 2030, mostram estudos do Grupo de Conservação Internacional Brasil.
A devastação do Cerrado continua alta no país. Maranhão foi o Estado que mais desmatou em números absolutos, Piauí e Tocantins aparecem logo em seguida. A expansão das áreas urbanas, a produção de carvão e a agropecuária estão entre as principais causas.
O Cerrado já perdeu quase metade de sua vegetação original, aproximadamente 100 milhões de hectares, e as previsões não são boas. Se o bioma desaparecer, oito das 12 bacias hidrográficas do país serão afetadas. Cerca de 15% da biodiversidade do planeta também pode desaparecer.
“Além da questão da biodiversidade em termos de espécie, você tem a grande capacidade do Cerrado de absorver água. Chamamos de grande caixa d’água, que vai sair pra outras bacias, inclusive Amazônica, o Pantanal, o Sul, enfim. Você pode está alterando a capacidade de absorção dos recursos hídricos que vai alterar inclusive a produção agropecuária em outros biomas e dentro do próprio Cerrado”, analisa o ambientalista da Wildlife Conservation Society, Marcelo Lima.
Práticas de produção sustentável são as alternativas de preservação mais eficientes apontadas pela Embrapa Cerrados. Com a integração floresta, lavoura e pecuária é possível até aumentar a produção sem desmatar.