E se você pudesse gerar sua própria energia elétrica em casa através de fontes energéticas limpas, economizando na conta ao final do mês, além de acumular créditos?
A ideia foi discutida no dia 6 de outubro entre representantes do governo, distribuidoras, sociedade civil e academia, em audiência pública na sede da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em Brasília.
Na ocasião foram lançadas propostas de mecanismos para incentivar eregulamentar a geração de energia renovável (solar, eólica, biomassa) em pequena escala no país.Entre elas está a de que quem instalar painéis fotovoltaicos ou pequenas turbinas eólicas em sua casa, escritório ou indústriapoderá reduzir o que paga de consumo e, em casos em que a produção de energiasupere o nível de utilização, ganhar um crédito a ser usado por um ano. Além desta, propõe-se também um desconto de 80% na tarifa de transmissão edistribuição destas unidades pelos dez primeiros anos de instalação.
O Greenpeace foi um dos expositores na audiência e sugeriu a extensão do crédito degeração de energia por tempo indeterminado, um desconto integral nas tarifas de transmissão e distribuição e a possibilidade do gerador de energia usufruir deum esquema compartilhado de obtenção de créditos de carbono pela redução degases de efeito estufa.
“O processo da Aneel, se concretizado e transformado em lei, deverepresentar uma pequena revolução na maneira como a divisão entre consumo egeração de energia é feita atualmente no Brasil”, destacou Ricardo Baitelo,coordenador da Campanha de Energia do Greenpeace. “Vale lembrar que estaproposta é mais uma de um conjunto de incentivos para energias renováveisprevisto no projeto de lei PL 630/03, apoiado pelo Greenpeace e parado na Câmara desde 2009”, enfatizou Baitelo.