A empresa israelense Evogene, pioneira em tecnologia para o melhoramento genético de plantas, e a SLC Agrícola do Brasil anunciaram um acordo de cooperação para o desenvolvimento e cultivo de sementes de mamona como matéria-prima para biocombustíveis no semiárido nordestino.
O acordo veio na sequência de testes recentes no nordeste brasileiro, que mostraram que as cepas da planta desenvolvida pela Evogene têm maior potencial de rendimento do que as variedades atualmente disponíveis.
A Evogene tem foco na definição do genoma de certas espécies vegetais, com o objetivo voltado para potencializar as melhores características produtivas; permitir melhores práticas de cultivo ligadas à mecanização agrícola e obter melhores respostas no uso de defensivos agrícolas.
O mercado de biocombustíveis vem aumentando nos últimos anos, atingindo o valor de US$ 18 bilhões em 2010; o mercado de biocombustível para aviação deve chegar a 15 bilhões de litros em 2020.
A Evogene acredita que a região contribui para aumentar o potencial de rendimento das variedades disponíveis hoje de mamona, indica o responsável por estratégias e desenvolvimento de negócios da Evogene, Assaf Oron.
O objetivo é alcançar rendimentos de quatro toneladas por hectare, o que reduzirá os custos de produção para US$ 50 por barril. A parceria com a SLC Agrícola do Brasil aponta para o modelo de negócios da empresa israelense. A brasileira já conta com toda uma infraestrutura e é uma grande produtora de soja, algodão, milho e trigo numa área de 250 mil hectares. Seu valor de capitalização de mercado alcança US$ 900 milhões.