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Saúde Animal

FAO alerta contra febre aftosa

A ameaça global da doença, que atinge principalmente suínos e bovinos, aumentou após recentes surtos no Japão e Coreia do Sul. Entidade preocupa-se com nova epidemia mundial.

A ameaça global de febre aftosa, doença que atinge os animais, aumentou após recentes surtos no Japão e Coreia do Sul, alertou a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) nesta quarta-feira (28/04).

“Nós…temos de nos perguntar se não estamos diante de uma possível repetição da desastrosa epidemia de 2001, que se propagou para a África do Sul, Reino Unido e Europa após ter atingido o Japão e Coreia do Sul”, disse o diretor do departamento de veterinária da FAO, Juan Lubroth.

A febre aftosa é altamente contagiosa e atinge bovinos, ovinos, caprinos e suínos, mas não afeta humanos.

Mesmo um pequeno surto em um país livre de febre aftosa pode provocar perdas de milhões de dólares, com o mercado global de carnes isolado e medidas de controle da doença reforçadas, disse Lubroth.

A FAO advertiu nesta quarta-feira por uma vigilância internacional maior, após três surtos de febre aftosa em quatro meses no Japão e na Coreia do Sul, os quais seriam oficialmente países livres da doença, disse a agência em comunicado.

“Nós estamos preocupados porque as rigorosas medidas de biossegurança nos dois países estão abafadas, sugerindo uma contaminação muito provavelmente no Extremo Oriente”, disse Lubroth.

No início deste mês, o Japão confirmou um surto do tipo “O” do vírus, atualmente mais comum em países asiáticos, enquanto a Coreia do Sul foi atingida pelo raro tipo de “A” em janeiro, e depois o tipo “O” em abril, acrescentou a FAO.

O Japão suspendeu exportações de carne em abril e a Coreia do Sul começou a isolar animais para conter o surto.

O surto de 2001 provocou perdas de mais de 12 bilhões de dólares para a agricultura, mercado de gado e turismo. No Reino Unido, mais de 6 milhões de ovinos e bovinos foram sacrificados para prevenir uma propagação maior da doença, disse a FAO.

É necessário reforçar a biossegurança, estimular controles incluindo avaliações mais rigorosas nos portos e aeroportos, bem como garantir o registro antecipado da doença, advertiu a agência.