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AveSui 2010

Sustentabilidade ambiental e redução na emissão de GEE pautam o segundo dia da AveSui América Latina 2010

Além dos debates do I Fórum EcoAgri, palestras técnicas relacionadas às cadeias de aves e suínos marcaram o evento.

Questões ambientais relacionadas à produção sustentável de alimentos marcaram o segundo dia de palestras da AveSui América Latina 2010, com o início do I Fórum EcoAgri, em Florianópolis (SC). Após os debates econômicos sinalizarem boas oportunidades para o setor de aves e suínos, foi o momento de se discutir outras demandas para que produtores possam aproveitar este cenário otimista.

Uma delas diz respeito à emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE) na produção de aves e suínos: dentro da programação do Fórum, a palestra do pesquisador do INRA, um dos maiores institutos de pesquisas agropecuárias da Europa, Paul Robin, foi um dos destaques, ao apresentar um método capaz de mensurar os reais impactos da emissão de GEE em sistemas de armazenamento de resíduos (dejetos) e trabalhar estas informações de forma que reduzam os impactos ambientais dessas emissões.

Outro assunto recorrente quando se fala em sustentabilidade na suinocultura, o tratamento de dejetos também foi abordado pelo diretor da Nemorus Securities, Bruno Filipe Vidal, durante o Fórum. Ele apresentou um projeto MDL elaborado para a implantação de programas de sustentabilidade em granjas de suínos, por meio de sistemas de manejo de dejetos dos animais. “Este programa promove a utilização do biodigestor na granja para a produção de biogás e também gera créditos de carbono”, pontua.

Os desafios da sanidade – Além das questões ambientais, no segundo dia da feira a programação técnica do IX Seminário Internacional de Aves e Suínos abordou alguns temas relevantes para os setores de aves e suínos. A sanidade continua sendo um dos grandes desafios da suinocultura brasileira, tanto que o tema norteou as discussões técnicas a respeito da cadeia suinícola. As principais doenças, com destaque para as entéricas, Influenza Suína e Mycoplasmose hyopneumoniae, foram debatidas.

O assunto foi abordado de forma ampla e chamou a atenção para as questões de sanidade envolvidas no trânsito de animais – já que a nova configuração da cadeia, com necessidade de deslocamento para engorda, venda de matrizes, entre outros aspectos, ganhou um dinamismo muito maior. “Este ainda é um gargalo para a atividade e muitas vezes não satisfazem as exigências do mercado e relacionadas à biosseguridade”, pontua o veterinário Ricardo Alfredo Soncini, quem conduziu este debate.

Com a crescente mobilização de animais da Região Sul para o Centro Oeste, os animais se tornam disseminadores e receptores de agentes infecciosos, demandando uma atenção especial à questão do transporte e do manejo, inclusive por meios de transportes adequados para evitar sua exposição. “Hoje, o que importa para o mercado são questões de bem-estar, qualidade de carcaça e biosseguridade. Em todas elas, o transporte acaba sendo importante”, conclui.

O segundo dia da AveSui prosseguiu com bastante movimento nos pavilhões da exposição comercial – a expectativa dos organizadores é de movimentar R$ 350 milhões nos três dias de feira.